03/12/07 11h52

Investimento total dos fabricantes deve atingir US$ 440 milhões no país

Valor Econômico - 03/12/2007

Animadas com projetos e instalações de grandes fábricas no Brasil, as produtoras de gases industriais prevêem investir mais de US$ 440 milhões em 2008 para acompanhar o ritmo de expansão do mercado nacional. Além das indústrias, a área médica também é vista com otimismo. Na opinião de José Fernando Rodrigues, principal executivo da Linde no país, o que chama a atenção das empresas é a quantidade de novos projetos em andamento. A previsão dele para aplicações de recursos da Linde no país em 2008 é de R$ 250 milhões (US$ 140,45 milhões). Atualmente, o fornecimento de gases industriais no Brasil é divido entre a Linde, White Martins, Air Liquide, Air Products e IBG. Segundo o presidente da unidade brasileira da White Martins, Domingos Bulus, a pretensão da companhia é de, no mínimo, manter o ritmo de investimentos realizados neste ano, cerca de US$ 180 milhões. Entre os grandes projetos que a empresa participará no ano que vem, o executivo ressalta a ampliação da VCP, em Sete Lagoas (MG), aumento de capacidade das unidades da própria empresa localizadas no norte do país, construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), entre outros. Na Air Liquide, o plano de investimentos pode superar os US$ 200 milhões até o final de 2009. Destes, grande parte deverá ser investido também na CSA, pois ao lado da White Martins, a empresa é responsável pela estruturação do fornecimento de gases para a siderúrgica. O custo total da área na CSA é estimado em US$ 160 milhões. O otimismo também é visto na IBG, de menor porte e única concorrente com capital nacional. De acordo com o presidente da companhia, Newton de Oliveira, o faturamento deste ano chegará a R$ 60 milhões (US$ 33,7 milhões), o que representa 30% de crescimento na comparação com o ano passado. O investimento no ano foi de US$ 15 milhões e para o ano que vem a estimativa é de que chegue a US$ 20 milhões. A empresa vem apostando na internacionalização. A sucursal dos EUA pode faturar US$ 100 milhões nos próximos cinco anos.