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Investimento estrangeiro direto dobra no país em 2007

Valor Econômico - 09/08/2008

O fluxo de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil teve a maior alta percentual no mundo em 2007, com exceção de uma situação excepcional ocorrida na Holanda, segundo dados da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). A entrada de IED no Brasil cresceu 99,3%, pulando de US$ 18,8 bilhões em 2006 para US$ 37,4 bilhões. A Unctad atribui o crescimento sobretudo a investimentos em recursos naturais, estimulados pela alta dos preços das matérias-primas. O fluxo global de IED é estimado em US$ 1,5 trilhão em 2007, superando o recorde anterior do ano 2000. Abundância de liquidez e fortes lucros das empresas impulsionaram o valor de fusões e aquisições até a metade de 2007, quando explodiu a crise das hipotecas de alto risco (subprime) nos Estados Unidos. Apesar de projeções econômicas pouco favoráveis para 2008 e potencial de endurecimento nas regras para investimentos estrangeiros em recursos naturais, a Unctad estima que a alta demanda por commodities globalmente vai continuar impulsionando os investimentos estrangeiros diretos, inclusive a partir de fundos soberanos árabes e asiáticos com gigantescas reservas de dólares.