04/05/07 14h41

Investimento estrangeiro aumenta 25%

Folha de S. Paulo - 04/05/2007

O Brasil seguiu a tendência inversa à do resto da América do Sul e viu o IED (Investimento Estrangeiro Direto) crescer 24,66% no ano passado, para US$ 18,782 bilhões. Na América Latina, o país só perdeu para o México, que recebeu US$ 18,939 bilhões, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). No ano passado, o fluxo de investimento na América do Sul caiu 0,2%, para US$ 44,679 bilhões. Já na América Latina, houve crescimento, de 1,5%, e o IED avançou para US$ 72,439 bilhões em 2006. A expansão brasileira, ainda que distante da previsão mundial, foi superior à dos países em desenvolvimento: 10%. Apesar do crescimento, os investimentos estrangeiros no Brasil ficaram distantes dos valores obtidos no período de 1997 a 2001. Nesses anos, a média do IED ficou em US$ 27,075 bilhões. O melhor ano foi 2000, quando alcançou US$ 32,779 bilhões. De acordo com a Cepal, Estados Unidos, Holanda e Suíça foram os países que mais investiram no Brasil. Ainda segundo a entidade, 55% dos investimentos estrangeiros que entraram no Brasil foram para o setor de serviços, especialmente para a área financeira e as de eletricidade, gás e água. A indústria foi responsável por 39% do fluxo e os destaques foram os setores de metalurgia e papel e celulose. Já o setor primário foi responsável por só 7% das entradas. O Brasil foi o país da América Latina que mais investiu no exterior no ano passado, com US$ 28,202 bilhões, contra US$ 2,517 bilhões em 2005. A liderança do ranking da região era do México, que caiu de US$ 6,474 bilhões, em 2005, para US$ 3,897 bilhões. O principal investimento brasileiro no ano passado foi a compra da siderúrgica canadense Inco pela Vale do Rio Doce, em um negócio de mais de US$ 16 bilhões. O negócio tornou a Vale a segunda maior do mundo. Outras empresas que se destacaram em internacionalização dos negócios e na aquisição de estrangeiras foram Gerdau, Itaú, Votorantim e Petrobras.