Investidores querem produzir biodiesel em SP

Presidente da Investe SP, Juan Quirós, orienta pretendentes a organizarem cadeia produtiva

Download Clóvis Vasconcellos/ISP

São Paulo pode vir a produzir biodiesel a ponto de competir com os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná. Mas tudo vai depender de um comprometimento do setor produtivo, de forma que o Estado possa avaliar possíveis incentivos tributários. Entendimento nesse sentido foi aconselhado pelo presidente da Investe São Paulo, Juan Quirós, a potenciais investidores do setor, acompanhados do deputado estadual Reinaldo Auguz (PV), recebidos nesta terça-feira, 8 de setembro, na Agência, encaminhados pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França.

Juan Quirós disse ao parlamentar e a diretores da empresa Granol que toda a cadeia produtiva deve estar comprometida com as etapas do processo de forma a garantir escala. A direção da Granol e o deputado Reinaldo Auguz informaram que pelo menos quatro indústrias poderão se instalar no Oeste do Estado, gerando empregos e renda, caso recebam estímulo fiscal do Governo do Estado para produzir biodiesel.

As indústrias fariam a moagem e cultivariam a soja (leguminosa que geraria o combustível), de forma alternada à cultura de cana-de-açúcar. O deputado argumentou que o Estado de São Paulo consome 40% do biodiesel produzido no Brasil, mas que é obrigado a comprá-lo de outros estados, principalmente Mato Grosso do Sul e Paraná. 

Juan Quirós deixou claro que o pleito dos potenciais produtores de biodiesel deve estar acompanhado do valor do montante do investimento; do total de empregos gerados e das cidades beneficiadas. Estudo nesse sentido deverá ser elaborado pelos pretendentes ao incentivo sob a orientação dos técnicos da Investe São Paulo. Participaram da reunião os diretores Ermínio Lucci e Sérgio Costa, além do especialista em tributos Rafael Lapinha.