10/11/10 11h49

Investidores buscam parceiros no Brasil

Valor Econômico

Os fundadores da administradora de fundos de "private equity" Oxford Capital Partners Edward Mott e David Mott fazem esta semana sua primeira visita ao Brasil. Além de ir a bancos e ministérios, os investidores reúnem-se com empresas brasileiras de inovação para avaliar parcerias e acordos de transferência de tecnologia. Fundada em 1999, a companhia britânica administra cinco fundos de investimento que têm participação em 22 empresas e conta com recursos da ordem de US$ 100 milhões, mas planeja ampliar esse montante para US$ 150 milhões com captação no mercado. Para o Brasil, a companhia prevê um investimento de até US$ 15 milhões nas joint ventures que pretende formar entre as empresas britânicas nas quais o fundo tem participação e as empresas brasileiras, afirma o diretor-executivo da Oxford Capital Partners, Edward Mott.

Os fundos da companhia normalmente fazem aportes de capital entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões. Em relação ao Brasil, a companhia afirma estudar investimentos em ao menos cinco parcerias nas áreas de bioenergia, saúde, software e telecomunicação. De acordo com o diretor financeiro, David Mott, já existem quatro empresas britânicas do portfólio da Oxford Capital que iniciaram o seu processo de internacionalização e que estão dispostas a formar joint ventures para operar no mercado brasileiro.

Entre as empresas britânicas decididas a se estabelecer no Brasil está a Oxitec, que nasceu na Universidade de Oxford. A empresa se especializou em desenvolver insetos para controle biológico de pragas que afetam lavouras e a saúde humana. Para o Brasil, o plano é produzir uma fêmea do mosquito da dengue estéril. A companhia também tem nos planos para esta semana visitar as 12 maiores usinas de etanol do país, para estimular a formação de uma parceria com a Green Biologics. A empresa desenvolveu uma bactéria capaz de produzir álcool do melaço da cana. De acordo com Edward Mott, ela já tem clientes no Brasil, na Índia, China e nos Estados Unidos. Outra britânica com capital do fundo em busca de um parceiro brasileiro é a Helveta, que desenvolve software para controle e rastreabilidade de produtos. A Arieso, que produz software para a área de telecomunicações, completa o time das empresas interessadas no Brasil.