14/04/10 14h15

International SOS chega ao Brasil

Valor Econômico

12 de janeiro de 2010, terremoto no Haiti. Entre as milhares de vítimas, 2,5 mil pessoas tiveram a oportunidade de serem resgatadas por um helicóptero que partiu de Santo Domingo, capital da República Dominicana, para Porto Príncipe, capital do Haiti. Em poucas horas foram colocadas em local seguro, receberam atendimento de emergência e foram transportadas para outros locais. Eram empregados de governos, empresas e organizações não governamentais clientes da International SOS.

Multinacional de consultoria em gerenciamento de riscos e assistência à saúde, a International SOS está presente em 70 países. Agora o Brasil passa a integrar sua rede. A empresa está anunciando hoje a abertura de dois escritórios, um no Rio, outro em São Paulo, a partir dos quais pretende ter uma base não apenas para seus clientes corporativos instalados no país, mas também atender a multinacionais brasileiras em suas operações no exterior. "Fizemos 17 mil evacuações só no ano passado, nos cinco continentes, e pela experiência local que acumulamos, podemos fazer esse trabalho com agilidade e eficiência" disse Marc Städing, CEO da SOS para a América Latina.

Städing e Yves Degen, Diretor da operação brasileira da empresa, fazem questão de diferenciar seu trabalho da tradicional assistência em saúde fornecida por seguradoras. "O melhor exemplo do nosso trabalho é um incêndio: quando há um incêndio, você chama primeiro o bombeiro, depois a seguradora. Nós somos como o bombeiro", disse Degen.

Fundada há 25 anos na Indonésia, a SOS tem uma rede de serviços médicos e de segurança global que inclui cinco mil profissionais de saúde, clínicas, infraestrutura de salvamento em locais remotos e consultoria em segurança. Sua especialidade é justamente a capacidade de resgate e salvamento de pessoas em locais de difícil acesso e pouca ou nenhuma estrutura de segurança ou saúde. "Somos capazes de colocar uma estrutura médica dentro de um contêiner e enviá-lo para locais onde não há nenhum recurso médico", afirma Degen.

A operação começa em um call center na Filadélfia, Estados Unidos, chamado "Alarm Center" (Centro de Alarme), que atende em inglês, espanhol e português e dá o primeiro atendimento aos clientes. A partir daí, dependendo do caso, aciona a estrutura da SOS que pode ser desde um médico deslocado para atender um paciente até um avião enviado para remover o cliente a um ponto onde possa ser atendido de maneira adequada. A maior parte dos clientes corporativos é de empresas de petróleo, mineradoras e construtoras com atividades em vários países em meio ao mar, florestas e outros locais de difícil acesso.