23/12/24 12h00

Interior de São Paulo ganhará plantas para a produção de biometano, operadas pela Orizon com apoio do Governo do Estado

Projetos são fruto de parceria entre a Orizon e a Estre e recebe suporte da InvestSP e Agem Sorocaba

InvestSP

O Grupo Orizon, referência nacional na indústria de transformação de resíduos, por meio de sua subsidiária Bio-E, vai implantar plantas de biometano nos aterros sanitários de Guatapará e Piratininga, no interior paulista na região de Ribeirão Preto e Bauru. Os projetos são fruto de parceria com a Estre Ambiental, empresa responsável pelos aterros, e conta com apoio da InvestSP, Agência de Promoção de Investimentos e Competitividade ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE), e da Agência Metropolitana de Sorocaba (Agem Sorocaba), ligada a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação.

InvestSP e Agem Sorocaba tem dado suporte e orientado os empresários em relação a temas como licenciamento ambiental e questões técnicas ligadas ao projeto.

“A produção de biometano a partir de resíduos é economia circular na prática, contribuindo com a transição energética paulista e destravando o potencial do biometano em São Paulo. Projetos como esse são fundamentais para a descarbonização do Estado, e reforçam a importância do trabalho conjunto das empresas e governos rumo à uma economia mais circular”, diz a diretoria de Estratégia e Inteligência da InvestSP, Marilia Garcez.

A partir de 2027 serão produzidos cerca de 50 mil m³/dia de biometano na unidade de Guatapará, que recebe resíduos de mais de 30 municípios da região. Na unidade de Piratininga, que recebe resíduos de 25 municípios da região, serão produzidos até 25 mil m³/dia de biometano.

A InvestSP menciona que segundo estudos baseados em projetos semelhantes, o investimento estimado nos dois projetos será de aproximadamente R$ 200 milhões. Por meio de um contrato de 20 anos, o biogás gerado nos aterros da Estre será vendido para a Bio-E, responsável pelas plantas de biometano. Ambos empreendimentos, também segundo a InvestSP, gerarão cerca de 100 novos empregos entre diretos e indiretos.

Combustível 100% renovável, o biometano, considerado uma solução eficaz para apoiar a industria a atingir suas metas de descarbonização, é também produzido a partir dos resíduos urbanos.

“Hoje, a Orizon opera 17 Ecoparques em 12 estados brasileiros. A companhiatem promovido investimentos para a construção de plantas que poderão gerar até 1,3 milhão de m³ por dia de biometano”, comenta Milton Pilão, CEO da Orizon.

“A Agem Sorocaba tem o papel de assessorar o conselho de desenvolvimento Metropolitano, bem como propor a elaboração de projetos nos municípios. A Agência tem trabalhado fortemente em projetos de tratamento Resíduos Sólidos Urbanos na região, buscando a implantação de novas usinas e contribuindo com a meta de transformar o Estado de São Paulo em referência em transição energética”, diz Leodir Ribeiro, diretor executivo da Agem Sorocaba.

A SDE, InvestSP e Agem Sorocaba têm realizado uma série de ações para desenvolver a cadeia do biometano em São Paulo. Além dos aterros, ele pode ser gerado, por exemplo, a partir da cana-de-açúcar, um dos principais produtos do agronegócio paulista, o que pode fazer do Estado referência mundial na produção e no uso do biometano.

A InvestSP segue as trilhas de desenvolvimento definidas pela SDE e que priorizam o apoio e o incentivo a iniciativas de descarbonização e economia e circular. Recentemente, SDE e InvestSP em parceria com outras entidades, a plataforma digital Conecta Biometano SP, para integrar a cadeia do biometano e facilitar o acesso de empresas e órgãos públicos interessados em projetos de transição energética a possíveis fornecedores e parceiros.