05/11/12 14h58

Infraestrutura terá investimento de R$ 1,68 trilhão até 2017

Automotive Business

Evolução das obras são alento para mercados de caminhões e máquinas de construção

No que depender dos principais investimentos anunciados para infraestrutura até 2017, estimados em R$ 1,68 trilhão, não faltará clientela para segmentos importantes de veículos, como caminhões, que neste ano tenta alavancar as vendas de Euro 5, e para máquinas e equipamentos, dependentes diretos do setor de construção. O aporte, entre recursos financeiros públicos e privados, é resultado do novo levantamento da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), que reúne as principais empresas do setor de construção no País, e contempla mais de 11,5 mil obras já anunciadas, envolvendo oito setores da economia.

Contudo, a pesquisa que ouviu 1.200 fontes primárias e secundárias aponta que o País vive momentos contraditórios, fazendo com que a concretização dos investimentos não acompanhe a necessidade de evolução da infraestrutura.

Os investimentos cresceram 73,5% entre 2007 e 2011 e neste ano devem aumentar 17,6% sobre o ano passado. Ainda assim não devem ultrapassar os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, relação, que segundo a pesquisa, vem caindo desde 2009. Os dados mostram também que as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) concluídas até junho representam 29,8% do total estimado até 2014, de R$ 708 bilhões.

OS CONTEMPLADOS

Apesar do baixo índice de participação com relação ao PIB, os investimentos para a infraestrutura contemplará os principais setores da economia: óleo e gás, transporte, energia, saneamento, habitação e infraestrutura esportiva. O que responde pela maior fatia é o de óleo e gás, com 43%, impulsionado pelo pré-sal. Desse total, a exploração e a produção devem abocanhar 75%, algo como R$ 724 bilhões até 2017. Nesse setor, a produção e exploração onshore tem apresentado queda desde os anos 90 e, em 2010, chegou a 10,7%, enquanto a produção offshore responde por 89,3%.

Para a área de transporte o valor estimado para os próximos cinco anos é de R$ 397,59 bilhões, dos quais, 30% em portos e hidrovias, 26% em ferrovias e 18% em rodovias. O trem de alta velocidade figura como a obra de maior visibilidade e valor, na ordem de R$ 33,1 bilhões. No ano passado, o setor recebeu R$ 12,8 bilhões em investimento do governo federal.

A indústria deverá ter aumento de 8,9% em investimentos no período entre 2012 e 2015 ante o intervalo de 2007 a 2010. Esse porcentual é menor do que o crescimento econômico do País registrado no período, uma vez que vários setores industriais brasileiros vêm perdendo competitividade frente aos competidores externos, além de sentir os efeitos da crise internacional. No caso das obras para o setor, são estimados investimentos em R$ 182,4 bilhões até 2017.

Os demais setores estão divididos em R$ 216,61 bilhões para energia, R$ 92,3 bilhões para saneamento básico, R$ 11,14 bilhões na infraestrutura esportiva (estádios, arenas e polos olímpicos) e R$ 9,33 bilhões em habitação, que inclui o programa Minha Casa, Minha Vida.