Infraestrutura da cidade atrai investidores japoneses
Jornal de JundiaíAs oportunidades oferecidas pela logística e infraestrutura de Jundiaí motivaram quatro japoneses a deixarem suas vidas do outro lado do mundo e imigrar para o Brasil. Funcionários e executivos de uma multinacional japonesa do ramo de caldeiras industriais, os profissionais atuam hoje na sede brasileira de distribuição e manutenção dos equipamentos, no Jardim Planalto. Até março do ano que vem, eles mudam de endereço para a fábrica de caldeiras que está sendo construída no bairro Fazenda Grande.
Assim como os japonêses, profissionais de outras nacionalidades visitam e se instalam com frequência em Jundiaí. O cenário reforça o status alcançado pelo município, que atualmente é a décima cidade de médio porte das Américas em potencial econômico, conforme publicado pela FDI Intelligence, estudo do jornal britânico Financial Times que foi divulgado pelo JJ Regional na edição desta quarta-feira (26). “Temos recebido comitivas de empresários japoneses, italianos, chineses e alemães com interesse em investir no município”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcelo Cereser.
Para o diretor-presidente da multinacional japonesa, Tsutomu Watanabe, 47, dez fatores foram levados em consideração para que a empresa decidisse se instalar em Jundiaí. “Eu destaco o fácil acesso às rodovias, a segurança e o menor valor do aluguel quando comparamos os imóveis com os encontrados em São Paulo”, revela.
Na lista do executivo ainda figuram o “baixo” congestionamento de veículos - comparado com o trânsito da Capital -, bem como a presença de mão de obra qualificada e escolas de ensino profissionalizante no município. A proximidade com o aeroporto de Viracopos, em Campinas, também é destacada por Watanabe.
Funcionários da empresa, os engenheiros Satoru Ishizaki, 33, e Hiroto Kamogawa, 29, não hesitaram ao deixar a província de Kanagawa, no Japão, para apostar na carreira fora do país. “Desde que cheguei ao Brasil, senti um ambiente tranquilo e interessante, completamente diferente do que eu esperava. Estou satisfeito e pretendo continuar por aqui”, revela Satoru.
Para Kamogawa, o acolhimento dos jundiaienses foi um diferencial. “Eu queria trabalhar fora do Japão, e quando cheguei aqui fiquei surpreso com a hospitalidade. Estou feliz”, resume. Investimento - A empresa, que atua no ramo de caldeiras industriais há 55 anos, está com sede em Jundiaí desde 2012. A previsão é que em janeiro de 2016, a nova planta fabril, localizada em um espaço de 2,2 mil metros quadrados, esteja fabricando as caldeiras na cidade. O investimento inicial será de R$ 15 milhões, devendo dobrar o quadro da empresa, de 15 para 30 engenheiros mecânicos. A intenção da marca é comercializar seus equipamentos no Brasil e em outros países da América do Sul, como Paraguai, Uruguai e Chile.