25/07/19 13h47

Indústrias e Startups no Brasil: um relacionamento que está amadurecendo

Startupi

Não é nenhuma novidade que o Brasil é um dos países que tem maior burocracia e processos dificultosos para as empresas. Abrir um negócio aqui é tarefa difícil, mantê-lo é um desafio ainda maior.  A boa notícia é que a tecnologia e a inovação estão aí para nos ajudar.

Segundo dados do IBGE, entre 2013 e 2016 mais de treze mil indústrias foram fechadas no Brasil. A questão que paira é, será que se as inovações lançadas a todos os anos, pelas milhares de startups que trabalham com soluções para a indústria, tivessem alcance para chegar em todas elas, esse triste número diminuiria? A resposta é que provavelmente sim.

A indústria está sob o turbilhão da quarta revolução industrial e de forma geral ainda vive em tempos não tão modernos. Mas a transformação digital é inevitável e quanto antes for a adaptação, melhor será o cenário de sobrevivência. Diversos segmentos da indústria e a adoção de tecnologia vem conectando várias etapas da produtividade na chamada indústria 4.0, e esse movimento faz com que os conhecidos processos e burocracias que tanto dificultam a vida do setor produtivo, sejam facilitados. Imagine só uma tecnologia que ajude a dar os primeiros passos e abrir seu CNPJ, mesmo sem entender nada do que diz um contador? Pois ela já existe. Parecem pequenos passos, que na soma fazem a diferença para o sucesso.

O Brasil e suas indústrias ainda enfrentam um grande descompasso entre o que é possível e o que fica travado por questões burocráticas, mas é essencial para ambos os lados perceber que essa transformação digital, além de irreversível, é fundamental para garantir o desenvolvimento de novos negócios, que consequentemente geram novos empregos. É necessário ultrapassar essa barreira e perceber as projeções para os próximos anos, que vão muito além de facilitar as logísticas e processos das empresas, e tem a ver também com a mudança de comportamento dos consumidores.

Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, a projeção para o ano de 2025 é de que 90% da população mundial tenha acesso à internet e use smartphones, e que 10% das pessoas usem roupas conectadas à internet, significando a possibilidade ainda maior de captura, processamento e estruturação de dados, gerando informações e conhecimento com compreensão do comportamento e predição das vontades do consumidor.

Por fim é importante enfatizar que as startups chegaram para ficar, e ainda bem, pois o Brasil precisa melhorar seus processos. Mas enquanto isso, as inovações que esses empreendedores nos trazem permitem que o mercado continue caminhando e gerando novos negócios para o país. A indústria já não vive mais sem as tecnologias proporcionadas pelas startups, é o começo de um longo processo que só renderá bons frutos para o setor produtivo e para a economia do país que tanto depende dos resultados das indústrias. As novas tecnologias apresentadas por startups são hoje o elo que une o Brasil e as indústrias em um novo caminho, um novo passo nesse relacionamento que andava meio abalado.