05/03/12 12h59

Indústria receberá US$ 26,5 bilhões até 2016

Automotive Business

Anfavea contabiliza só as associadas: US$ 22 bilhões

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que até 2015 o ciclo de investimentos programados pelas montadoras instaladas no País chegue a US$ 22 bilhões, aporte que inclui apenas as associadas, inclusive as fabricantes de máquinas agrícolas, informou a entidade em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 2. Entretanto, considerando outras empresas ainda não associadas e que já anunciaram investimentos no Brasil, como é o caso da JAC, Chery e Daf, o valor ultrapassa os US$ 26,5 bilhões até 2016, conforme apurado pela Automotive Business.

Neste mesmo período, as empresas da cadeia fabricantes de autopeças projetam investimento de US$ 12,5 bilhões, uma média de US$ 2,5 bilhões por ano, segundo o Sindipeças.

 Os números da Anfavea revelam que no período de 1980 a 2011, as fabricantes investiram US$ 47,3 bilhões no Brasil. Somando-se os valores aplicados pelas autopeças no mesmo período, estimado em US$ 28,8 bilhões, a cadeia industrial acumula inversão na ordem de US$ 76 bilhões em fábricas, capacidade de produção, produtos e processos, inovação e engenharia. O pico dos investimentos ocorreu entre 1994 e 2000, segundo a Anfavea, durante a vigência do então regime automotivo que estimulou novos projetos de fábricas e outras marcas no País, e entre 2005 e 2011, em razão da expansão do mercado brasileiro, que se consolidou como o quarto maior do mundo no ano passado, atrás apenas de China, Estados Unidos e Japão, nesta ordem.

Para o presidente da entidade, Cledorvino Belini, a indústria automobilística exige investimentos continuados em razão de sua dinâmica de mercado e constante inovação tecnológica.

 Os investimentos das montadoras nos últimos 30 anos tornou o País um dos principais players da indústria mundial automotiva. O crescimento do mercado nacional garantiu às montadoras instaladas aqui, cujas matrizes se encontram principalmente nos Estados Unidos e Europa, uma reserva de lucro constante. Só no ano passado, as fabricantes enviaram às suas sedes US$ 5,6 bilhões, de acordo com dados do Banco Central.