07/12/18 11h47

Indústria mais que dobra contratações na região

Correio Popular

O nível de emprego da indústria da região de Campinas fechou no azul pela segunda comparação interanual seguida. De acordo com dados divulgados ontem pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) de Campinas, de janeiro a outubro foram registradas 2,4 mil novas contratações - mais do dobro do mesmo período de 2017, quando 1,1 mil novos postos de trabalho foram gerados.

 Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (Icei-SP), mensurado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), avançou de 50,8 pontos em outubro para 64,9 em novembro - o maior número dos últimos oito anos.

Para José Nunes Filho, diretor do Ciesp-Campinas, esses indicadores, aliados às primeiras ações apontadas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), resultam em boas perspectivas para 2019.

“Podemos dizer hoje com toda certeza que estamos saindo da crise”, disse, destacando, entre as ações de Bolsonaro, a escolher do ex-juiz federal Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.

 “É um homem que tem uma vida limpa e muita coragem. Afinal, ele colocou um ex-presidente na cadeia”, disse, ressaltando que combater a corrupção é fundamental.

 Igualmente importante, disse, é que o presidente eleito está montando uma equipe técnica para gerir o Brasil, ao contrário de seus antecessores. “A sinalização é clara. O que foi dito durante a campanha eleitoral está sendo cumprido, o que por si só não é normal. É uma transparência que certamente motiva o empresariado a investir”.

 SETORES

 A região de Campinas, composta por 19 municípios, registrou a abertura de 250 postos de trabalho em outubro, uma variação positiva de 0,15% em comparação com o mesmo mês de 2017. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 1,16%, o equivalente a 1,8 mil empregos gerados no setor.

O saldo positivo do nível de emprego industrial foi influenciado por produtos de metal exceto máquinas e equipamentos (6,13%); equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (2,63%); produtos têxteis (0,26%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,60%).