Indústria farmacêutica mantém aporte em pesquisas mesmo com a crise
Folha de S. PauloAs indústrias farmacêuticas afirmam que não vão cortar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2016, mesmo com a crise.
Em 2015, o Grupo FarmaBrasil, formado por Aché, Biolab, Bionovis, Cristália, Eurofarma, Libbs, Hebron e Orygen, investiu R$ 1,1 bilhão, uma alta real de 8,5% em relação ao ano anterior.
"Nossos projetos são de longo prazo, o ritmo não pode ser interrompido, mesmo com a crise", diz Reginaldo Arcuri, presidente da entidade.
Este ano, o grupo não terá alta nos investimentos, mas o valor deve ser mantido.
O laboratório Libbs afirma que vai preservar seus aportes em 10% da receita anual, que ficou acima de R$ 1,3 bilhão no ano passado.
A empresa ainda deve anunciar em breve um novo centro tecnológico em São Paulo, que está em fase de negociação, e prevê crescimento na casa de dois dígitos para 2016.
A Biolab também vai manter os investimentos em 7% da receita, que fechou em R$ 1,25 bilhão em 2015. "Apertamos em vários aspectos, mas em inovação não vamos diminuir", afirma Dante Alario Jr., dono da farmacêutica.
As indústrias também apostam na exportação para aumentar suas receitas.
Dois novos produtos da Biolab, que serão lançados até o fim do ano, estão sendo negociados com empresas na América Latina, Europa, nos EUA e em países árabes.
R$ 19,8 bilhões
foi o faturamento do Grupo FarmaBrasil em 2015, uma alta de 17,1% em relação a 2014