02/05/18 13h50

Indústria e serviços reagem e criam 10 mil empregos nas regiões de Campinas e Piracicaba em 90 dias

Balanço do Ministério do Trabalho aponta ainda que comércio e construção civil não tiveram bom desempenho no primeiro trimestre de 2018

G1

Puxados pelos setores da indústria e dos serviços, o mercado formal de trabalho nas regiões de Campinas e Piracicaba fechou o primeiro trimestre de 2018 com 10.123 vagas abertas nas oito áreas computadas pelo Ministério do Trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Este número geral é 112% superior em relação ao mesmo período de 2017, quando as contratações menos as demissões fecharam o balanço trimestral em 4.759 postos abertos.

Uma das cidades com destaque nas áreas da indústria e dos serviços é Hortolândia (SP), com 337 oportunidades em serviços e 288 vagas na indústria local. Isso, para uma população estimada em 222,1 mil pessoas. O saldo geral do município foi de 554 postos gerados no primeiro trimestre do ano.

Para a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Hortolândia, Monique Freschet, o bom resultado no mercado formal de empregos no setor industrial está ligado ao fato de a cidade ter amadurecido na política de desenvolvimento tecnológico da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Ainda segundo a secretária, Hortolândia tem se mostrado como alternativa para empresas que não encontram incentivos ou espaço na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

“Apesar da crise que afetou todo mundo, a indústria de Hortolândia soube se reinventar”, afirmou Monique.

Em relação aos dados do setor de serviços, Monique aponta que os resultados são frutos da postura empreendedora dos moradores.

“Mesmo aqueles que perderam emprego contribuíram, mesmo sem saber, para gerar emprego e renda”, avaliou a secretária.

 

Contramão na região

A construção civil e o comércio das regiões de Campinas e Piracicaba “andaram” na contramão dos serviços e indústria com mais demissões do que novas oportunidades nestas duas regiões, que são divididas em cinco microrregiões pelo Ministério do Trabalho – Campinas, Limeira, Piracicaba, Mogi Mirim e Amparo.

O levantamento do Caged também apontou que apenas a microrregião Mogi Mirim teve mais desligamentos do que admissões na contabilidade dos oito setores –extrativismo mineral, indústria da transformação, serviço industrial da indústria, construção civil, comércio, serviços, administração pública e agropecuária-.

O saldo foi de 11.301 contratações e 12.372 demissões, com resultado final de 1.071 desligamentos.

A microrregião de Mogi Mirim é formada por sete cidades. Além de Mogi Mirim, o grupo tem os municípios de Artur Nogueira (SP), Engenheiro Coelho (SP), Itapira (SP), Mogi Guaçu (SP), Santo Antônio de Posse (SP) e Estiva Gerbi (SP).

De acordo com os dados do relatório, a agropecuária foi a responsável pela retração, pois foram dispensadas 1.558 trabalhadores no período. Indústria e serviços abriram 722 oportunidades.