24/03/08 11h41

Indústria de transformação de borracha irá faturar US$ 1,4 bi

DCI - 24/03/2008

Impulsionada pelo setor automobilístico, a indústria de transformação de borracha deve faturar R$ 2,5 bilhões este ano (US$ 1,4 bilhões), um crescimento de 15% em relação às receitas do ano passado. O aumento está atrelado às vendas para as montadoras, que representam cerca de 60% dos negócios do setor. Segundo Ademar Araújo Queiroz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha (Abiarb), o setor vem mantendo um crescimento sustentável nos últimos anos. "A performance da economia brasileira, particularmente a automobilística, foi muito boa nos dois últimos anos. Isso nos faz acreditar que o desempenho do setor de borracha continuará positivo", afirma Araújo. As exportações também mantiveram uma seqüência de evolução nos últimos anos, segundo dados da Abiard. Em 2007, foram embarcados US$ 318,8 milhões em artefatos, o equivalente a 14,6% do faturamento total. Com uma produção anual estimada em 125 mil toneladas, a atividade do segmento absorve em torno de 25% da borracha natural e 30% da sintética. Araújo afirma que a borracha natural tem uma limitação de oferta pelo tempo de crescimento das árvores seringueiras, das quais é extraída a matéria-prima. Com isso, a produção desta borracha não acompanha o crescimento da demanda. Segundo ele, a utilização de borracha sintética tende a se intensificar. O executivo afirma, ainda, que a utilização da capacidade instalada do setor está próxima dos 90%. "Nossa capacidade de produção está perto do limite; algumas empresas estão acima dos 90% de utilização. Na ampliação produtiva, esbarramos no tempo de espera pelas máquinas. As injetoras, por exemplo, podem demorar até seis meses a serem entregues", ressaltou Araújo. Segundo Araújo, representante do setor de transformação da borracha, a produção da Petroflex, a maior produtora de borracha sintética da América Latina, suporta o crescimento do setor de artefatos plásticos. "A Petroflex tem uma capacidade de produção pronta para atender esse incremento da demanda", frisou o diretor. Todavia, o executivo está preocupado com a mudança do controle acionário da empresa. "Com a compra da Petroflex pela Lanxess, cria-se um certo tremor. Esperamos que o fornecimento de borracha para o mercado interno se mantenha", completou.