Indústria de transformação bate recorde de exportações em 2024
Usinagem BrasilAs exportações de bens da indústria de transformação brasileira alcançaram o patamar recorde de US$ 181,9 bilhões em 2024, com um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior.
O recorde foi motivado pelas exportações de bens de consumo não duráveis e semiduráveis, que cresceram 11% em relação a 2023.
Os setores de alimentos, de metalurgia e de veículos foram responsáveis por 56,7% das exportações da indústria de transformação no ano passado.
Os bens do setor de alimentos foram os mais exportados, representando 36,6% das exportações industriais ao vender US$ 66,5 bilhões em 2024, 6,5% a mais do que no ano anterior. O resultado segue a tendência registrada na última década.
Em 2024 não houve mudança em relação aos principais parceiros da indústria de transformação brasileira. Os Estados Unidos e a União Europeia ainda são os primeiros destinos das exportações, seguidos por Mercosul, China e México.
Só os EUA representaram 17,4% das vendas externas no último ano, enquanto os blocos, juntos, somaram 22,6% das exportações no mesmo período.
Quanto às importações, mesmo em um cenário de desvalorização cambial, as compras externas de bens da indústria de transformação cresceram 9,3% em relação a 2023.
De acordo com análise da CNI – Confederação Nacional da Indústria essas compras foram influenciadas pela aquisição de bens intermediários (US$ 151,1 bilhões) e bens de capital (US$ 35,7 bilhões), resultado do desempenho positivo da atividade produtiva brasileira.
Setores como químicos, equipamentos eletrônicos e máquinas e equipamentos concentraram 43,6% das importações. A China teve o maior aumento em 2024 e segue como principal fornecedor do Brasil. Também houve aumento de importações da União Europeia e dos EUA.
“O desempenho em 2024 ressalta a importância das exportações industriais para impulsionar o crescimento econômico e fortalecer a competitividade do Brasil”, afirma a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.
Segundo ela, diante do contexto atual, em que diversos desafios políticos e econômicos se intensificam, será ainda mais crucial para o país fortalecer a sua agenda de inserção internacional estratégica.