19/12/08 14h37

Indústria de massas prevê alta nas vendas e investe

Gazeta Mercantil - 19/12/2008

Para as fabricantes de massas alimentícias, a crise internacional não foi o principal problema do ano. A disparada no preço do trigo no final de 2007 e início de 2008 dificultou o desempenho das empresas, que foram obrigadas a repassar custos durante o primeiro semestre de 2008. Diante desse cenário, enquanto o volume de massas vendido cresceu 5% no ano, para 1,333 milhão de toneladas, o faturamento do setor saltou 8%, para R$ 4,85 bilhões (US$ 2.12 bilhões). Para o próximo ano, a expectativa é mais conservadora. Segundo Cláudio Zanão, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), o setor deve acompanhar o crescimento do PIB. A estimativa da associação é de alta de cerca de 3%. Confirmadas as previsões, o faturamento deve alcançar R$ 4,99 bilhões (US$ 2.13 bilhões) em 2009. "Tivemos um primeiro semestre difícil, mas conseguimos nos recuperar no segundo semestre", disse Claudio Zanão. Segundo ele, as vendas de macarrão - produto de baixo valor e que faz parte da cesta básica do brasileiro -, não foram afetadas pela crise internacional. Nas empresas, a alta dos preços praticados ao longo do ano também impactou nos resultados. Na M. Dias Branco - a maior fabricante do Brasil com 19,3% do mercado de acordo com dados de setembro e outubro da ACNielsen -, o faturamento com vendas de massas totalizou R$ 472,2 milhões (US$ 205.3 milhões) de janeiro a setembro, alta de 37,8% em relação a igual período de 2007. No entanto, em volume, a alta foi de 17,7%, para 169 mil toneladas.