19/08/09 11h02

Indústria de alimentos deixa a cautela de lado e investe

DCI

Animada pela recuperação da economia nacional, a indústria de alimentos começa a tirar os investimentos do papel a fim de aumentar a produção e adquirir novos equipamentos, depois de reter os recursos no primeiro semestre deste ano. A indústria nacional de alimentos deve investir ao todo R$ 10 bilhões (US$ 5,3 bilhões), em 2009. É uma queda de 28% na comparação com os R$ 14 bilhões  (US$ 7,6 bilhões) registrados em 2008 - segundo as expectativas do diretor do departamento econômico da Associação Brasileira das indústria de Alimentação (ABIA), Denis Ribeiro. Tais recursos podem ser aplicados em aumento da capacidade de produção, ações de marketing, distribuição, aquisições de máquinas e pesquisas de novos produtos.

Um exemplo dessa retomada é a Fibrasa S.A. Embalagens, especializada no setor alimentos e que prevê investir R$ 20 milhões (US$ 10,5 milhões) na aquisição de novos equipamentos de até dezembro. A intenção é aumentar em 10% a produção de embalagens, informou o presidente da empresa, Sérgio Rogério de Castro.

Com sede na cidade de Eusébio, Ceará, o grupo M. Dias Branco - indústria de alimentos que fabrica, comercializa e distribui biscoitos, massas, farinha de trigo, margarinas e gorduras vegetais - também demonstra otimismo com a recuperação da economia. O diretor de Investimentos e de Relação com Investidores do grupo, Álvaro de Paula, vê uma melhora da economia nacional, embora assegure que o resultado financeiro da empresa de janeiro a junho de 2009 "não" refletiu o efeito da crise econômica mundial. A empresa prevê investir R$ 63 milhões (US$ 33,2 milhões) entre o segundo semestre deste ano e o primeiro de 2010 (10% já foram aplicados). O grupo estuda fazer novas aquisições. O alvo são grandes fabricantes de bolachas, massas e barrinhas de cereais principalmente das Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. No primeiro semestre de 2008, o grupo investiu R$ 40 milhões (US$ 21 milhões) em novas linhas de montagem, o que contribuiu para elevar em 60 mil toneladas a produção de alimentos no período - para 921 mil toneladas.