13/09/07 10h45

Indústria cresce 7,2% e puxa PIB no trimestre

Valor Econômico - 13/09/2007

A indústria de transformação foi o motor do crescimento econômico do país no segundo trimestre deste ano. O setor apresentou forte expansão, de 7,2%, após subir 2,7% no primeiro trimestre, de acordo com as Contas Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Depois de uma alta de 4,4% nos primeiros três meses do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) acelerou o ritmo para 5,4% no segundo trimestre em relação ao mesmo trimestre do ano passado, na maior taxa desde o segundo trimestre de 2004, quando ficou em 7,5%. Na comparação com o trimestre anterior, em termos dessazonalizados, o PIB aumentou 0,8%.  Sob o ponto de vista da demanda, o crescimento econômico brasileiro teve como destaque os investimentos das empresas em máquinas, equipamentos e construção (formação bruta de capital fixo). Os investimentos aumentaram 13,8%, pela 14º trimestre consecutivo, estimulados pelo corte da taxa de juros e maior oferta de crédito. Devido ao bom desempenho, a taxa de investimento em relação ao PIB atingiu 17,7%, a maior taxa para um segundo trimestre desde 2000, quando foi iniciada a série histórica da taxa. "O maior investimento confere sustentabilidade ao crescimento, pois aumenta a capacidade produtiva da economia. As empresas apostam na continuidade do aumento do consumo interno", disse o coordenador das Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto.  Sob o efeito da expansão do crédito e da massa salarial, o consumo das famílias manteve-se em expansão pelo 15º trimestre seguido e cresceu 5,9%. Ainda pelo lado da oferta, a indústria extrativa, impulsionada pela produção de minério de ferro, cresceu 5,9%, enquanto a indústria de produção e distribuição de energia elétrica, gás e esgoto apresentou aumento de 6,1% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2006. O setor de serviços ficou com desempenho ligeiramente abaixo da média da economia, com 4,8% no segundo trimestre. Já a agropecuária apresentou crescimento próximo a zero por conta das safras ruins do café e do arroz. Os técnicos do IBGE afirmam que o setor deve ter maiores crescimentos ao longo do segundo semestre porque o período concentra a maior parte da colheita agrícola.