23/03/07 14h23

Indústria começa o ano com vendas 3% maiores

Folha de S. Paulo - 23/03/2007

As vendas da indústria começaram o ano com crescimento de 3% em janeiro na comparação com o mês anterior, com o bom desempenho dos setores químico e de refino de petróleo e álcool. Em relação a janeiro do ano passado, a expansão das vendas foi de 6%. Os dados estão livres das influências sazonais típicas de cada período. Já a utilização da capacidade instalada das empresas segue estável, de acordo com o boletim "Indicadores Industriais" da CNI (Confederação Nacional da Indústria). A CNI passou a utilizar uma nova metodologia a partir desse levantamento de janeiro. Nele, são detalhados também o desempenho de cada setor. Dois foram responsáveis por 60% do aumento das vendas na comparação com o mesmo mês de 2006, produtos químicos e refino de petróleo e álcool. O total de pessoal empregado apresentou estabilidade em relação a dezembro -décima quarta variação positiva e consecutiva - e uma elevação de 3,6% na comparação com janeiro de 2006. Alimentos e bebidas sustentam esse crescimento, de acordo com a CNI. Esse setor apresentou um incremento de 12,9% no número de trabalhadores. O setor de refino de petróleo e álcool também apresentou um bom desempenho, 21,5%. O total da massa salarial cresceu 7,7% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já em relação a dezembro, foi registrada uma queda de 19,4%. Esse recuo elevado é justificado porque é no último mês do ano os trabalhadores têm uma elevação na renda causada pelo pagamento do 13º salário. Na comparação anual, o setor de alimentos e bebidas foi o que sofreu o maior aumento de massa salarial, 16,4%. Equipamentos de informática, máquinas e aparelhos elétricos, têxteis, outros equipamentos de transporte e metalurgia básica tiveram um aumento superior a 10% no total de rendimentos pagos. A utilização da capacidade instalada passou de 79,9% em dezembro para 79,5% em janeiro. Em janeiro de 2006, era de 78,4%. Já o mesmo indicador dessazonalizado ficou em 80,9% em janeiro, contra 81,1% no mês anterior e 80,2% no mesmo mês do ano passado.