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Índice de confiança da FGV bate recorde neste mês

Valor Econômico - 01/08/2007

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) atingiu neste mês alta de 2,9% entre junho e julho passando para 121,7 pontos (dado dessazonalizado), diante de 118,3 de maio para junho. Foi o maior nível desde o início da série histórica, em abril de 1995. Nos últimos 12 meses, o ICI subiu 15,8%, acima dos 14% de junho, na mesma base de comparação. A coleta de dados para a edição deste mês foi realizada entre os dias 2 e 27. O resultado mostra que a indústria de transformação entra no terceiro trimestre aquecida e com boas perspectivas para os próximos meses, segundo comunicado da FGV. Entre junho e julho, o Índice da Situação Atual (ISA) passou para 123,7 pontos (diante de 122,9 pontos um mês antes), maior nível desde abril (124,4 pontos). Com ajuste sazonal, o índice ficou em 130,1 pontos. O Índice de Expectativas subiu para 119,7 pontos entre junho e julho (de 113,7 no período imediatamente anterior), atingindo o maior nível desde julho de 2004 (119,2 pontos). O avanço no nível de demanda foi o item componente do índice relativo à situação atual que mais contribuiu para a alta nos últimos 12 meses. Entre julho de 2006 e julho de 2007, a proporção de empresas que avaliam o nível atual de demanda como forte aumentou de 14% para 25%; a parcela das que o avaliam como fraco reduziu-se de 25% para 7%. No Índice de Expectativas, o maior avanço ocorreu nas previsões relativas à contratação de pessoal pela indústria: das 1.018 empresas consultadas, 32% prevêem aumento do contingente de mão-de-obra nos próximos três meses e 7%, redução. Em julho de 2006, estas parcelas eram, respectivamente, de 28% e 13%. A pesquisa da FGV apontou também que o nível de utilização da capacidade da indústria chegou a 85,2%, sem ajuste sazonal, diante de 84,7% em junho. O índice vem crescendo desde maio, quando atingiu 84,4% - em abril, havia sido de 84,5% e em março, de 83,1%. As empresas consultadas venderam, em 2006, R$ 533 bilhões (US$ 283,5 bilhões), com 1,2 milhão de empregados.