11/03/11 15h13

Índice da FGV mostra setor de serviços mais confiante

Valor Econômico

Quatro das sete categorias analisadas pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), foram responsáveis pela alta de 4,5% do Índice de Confiança de Serviços (ICS) entre janeiro e fevereiro. Juntos, os serviços prestados às empresas, os serviços de informação, os serviços de transportes e correios e outras atividades de serviços responderam por 4,1 pontos percentuais do avanço do ICS.

A confiança das empresas de serviços de informação foi a que mais cresceu, 4,2%, o que representou 1,3 ponto percentual do ICS. A seguir vieram serviços de transporte e correios, com alta de 3,1% entre janeiro e fevereiro e contribuição de 1 ponto, enquanto outras atividades de serviço subiram 9,3% e responderam por 0,9 ponto. A confiança dos serviços prestados às empresas subiu 2,3%, com impacto de 0,9 ponto percentual no índice cheio. Os outros dois segmentos analisados - atividades imobiliárias e aluguel e a manutenção e reparação - tiveram queda na confiança no período, de -1,5% e -0,8%, respectivamente.

Jorge Braga, responsável pela Sondagem de Serviços, afirmou que a confiança em relação à demanda atual foi o principal componente a puxar o ICS de fevereiro. O ICS atingiu 133,9 pontos, 4,5% acima do patamar de janeiro e 1,4% superior a fevereiro de 2010. Nas duas comparações, o Índice de Situação Atual (ISA) foi o responsável pelo avanço. Com 102,3 pontos, o ISA subiu 6,3% em relação a janeiro e 8,8% na comparação com fevereiro do ano passado. Dentro do ISA, a demanda atual atingiu 113,8 pontos, o maior patamar para um mês de fevereiro desde junho de 2008.

A demanda também puxou o Índice de Expectativas (IE), atingindo 145,8 pontos em fevereiro e respondendo pela maior parte da alta de 3% do IE entre janeiro e fevereiro. Na comparação com fevereiro do ano passado, o IE caiu 4%, mesmo atingindo o melhor resultado desde agosto de 2010, com 147,8 pontos. O ICS tem acompanhado o comportamento dos serviços dentro do PIB, diz Braga, para quem há uma tendência de desaceleração no setor. No ano passado, o PIB dos serviços fechou o primeiro trimestre com alta de 6,2%, na comparação com igual período do ano anterior, e fechou o quarto trimestre com alta de 4,6%, em claro ritmo de acomodação.