30/01/18 11h46

Indicador de confiança industrial, da FGV, se mantém estável em janeiro

Valor Econômico

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) fechou janeiro de 2018 em 99,4 pontos, estável em relação ao mês anterior, quando havia registrado o maior nível desde janeiro de 2014 (99,6), informou a FGV em relatório divulgado ontem. Na métrica de médias móveis trimestrais, o ICI manteve a tendência de alta, ao avançar 1,2 ponto, para 98,8 pontos.

Mesmo com a estabilidade da confiança industrial, a maioria dos segmentos - 12 dos 19 -, apresentou alta. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,4 pontos, para 100,9 pontos, o maior desde setembro de 2013 (102,4). O Índice de Expectativas (IE) caiu 2,4 pontos, para 98 pontos, retornando ao mesmo nível de novembro passado.

A melhora na percepção sobre os estoques foi o principal fator a contribuir para a evolução do ISA neste mês. A parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como insuficiente caiu de 5,6% para 5,4% do total, mas a parcela das que o consideram o volume excessivo diminuiu em maior proporção, de 9,1% para 8% do total.

A principal contribuição para a queda do IE no mês foi das expectativas em relação à evolução do total de pessoal ocupado nos três meses seguintes. Houve queda da proporção de empresas prevendo aumento no volume de pessoal, de 19% para 17,8% do total, e diminuição da proporção das que esperam redução, de 12,5% para 12,3% do total.

Assim como ocorreu com o ICI, o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) ficou estável entre dezembro e janeiro, em 74,7%, o maior desde dezembro de 2015 (75%). Na métrica de médias móveis trimestrais, o Nuci avançou 0,1 ponto percentual, também para 74,7%.

"A estabilidade do ICI em janeiro resulta de movimentos de melhora das avaliações do setor sobre a situação atual, piora das expectativas e estabilidade do nível de utilização da capacidade instalada", diz a coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV, Tabi Thuler Santos, em comentário no relatório.

"Essa combinação mostra que, apesar da evolução favorável dos meses anteriores, o ainda elevado grau de incerteza econômica torna o setor inseguro quanto à velocidade de recuperação da economia nos próximos meses", diz a economista.

A edição de janeiro da Sondagem da Indústria da FGV coletou informações de 1.089 empresas entre os dias 2 e 25 do mês. A próxima divulgação será feita no dia 28 de fevereiro.