INCOBRA realiza segundo Strategic Foresight Workshop

O consórcio internacional INCOBRA [Increasing International STI Cooperation between Brazil and the European Union] realizou no começo deste ano, em Frankfurt, na Alemanha, o segundo Strategic Foresight Workshop (SFW). Complementar ao organizado em Campinas (SP), o evento teve como objetivo central debater as conclusões obtidas no primeiro evento, além de evidenciar as contrapartidas da União Europeia (UE) em relação às seis áreas prioritárias: Bioeconomia; Energia; Segurança Alimentar, Agricultura Sustentável e Ciência Marinha; Nanotecnologia; TIC e Grandes Desafios.

O SFW reuniu profissionais da União Europeia e de diferentes partes do Brasil cujas especializações combinadas assegurassem que todas as áreas críticas de pesquisa realizadas no primeiro workshop fossem abordadas. Os participantes, conjuntamente, elaboraram um cenário onde evidenciaram como os tópicos do primeiro workshop podem beneficiar tanto UE quanto Brasil. Nove “hot topics” foram elencados como perspectiva promissora para viabilidade desse cenário.

“Como em qualquer colaboração, é crítico estabelecer pontos-chave de convergência e divergência de perspectivas antes de se engajar na construção de ‘roadmaps’ e ações estratégicas. Ao trazer uma perspectiva européia para dar ênfase às prioridades e desafios surgidos em Campinas, tornou-se possível criar uma visão abrangente para a cooperação Brasil-UE em pesquisa/inovação e identificar nove ‘hot topics’ com alto potencial para cooperação”, explicou Philine Warnke, representante do INCOBRA.

No primeiro SFW, a estratégia definida pelo INCOBRA foi reunir os mais de 50 participantes - a maioria composta por profissionais provenientes de instituições de pesquisa e inovação no Brasil -, em pequenos grupos com pessoas de conhecimentos semelhantes, utilizando a avaliação individual multi-critérios, bem como estabelecer um consenso de grupo sobre uma série de tópicos que surgiram a partir de uma análise de estudos prospectivos e também por meio de consultas públicas.

Para o segundo SFW, o INCOBRA implementou uma metodologia para desenvolver uma gama de tópicos que poderiam explicar os resultados do primeiro workshop sob um quadro mais abrangente da cooperação UE-Brasil. Com um grupo menor de participantes, que atraiu especialistas em pesquisa, indústria e governança, a tarefa do evento foi localizar e fornecer dados para a construção de um cenário promissor.

“Ao desenvolver um ou mais tópicos de alto potencial em cada uma das áreas prioritárias designadas, fomos capazes de explicar melhor as condições sob as quais uma colaboração UE-Brasil pode ser mais próspera”, disse Philine

Do segundo workshop foi possível estabelecer três resultados principais. O primeiro deles é o desenvolvimento de um cenário amplo e abrangente que pode ser útil a todos os atores envolvidos com o projeto INCOBRA, assim como para os futuros parceiros. O segundo produto é uma série de “artefatos futuros”, desta vez sob o formato de artigos de jornais a partir de 2030. Já o terceiro foi a lista de “hot topics”, oriundos de diferentes setores do desenvolvimento tecnológico.

Experiências

Os SFWs proporcionaram a aproximação de profissionais e instituições brasileiras e europeias que possibilitou a construção de um cenário futuro para possíveis cooperações. Esta visão pode ser utilizada para orientar decisões políticas, canalizar financiamento de modo a maximizar o benefício para a sociedade por meio da pesquisa científica e para desenvolver estratégias nacionais e internacionais em futuras colaborações conjuntas na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

Próximo passo

O  INCOBRA agora elaborará planos de ação para possibilitar uma cooperação bem sucedida, a partir dos tópicos identificados como os mais importantes. Eles também serão usados para identificar as redes de cooperação que serão apoiadas.

Sobre o INCOBRA

O consórcio internacional busca focar, aumentar e aperfeiçoar as atividades de cooperação em pesquisa e inovação (P&I) entre Brasil e União Europeia. É formado por 14 instituições – sete europeias e outras sete brasileiras. O projeto integra um dos subprogramas do Horizonte 2020, iniciativa da UE cujo objetivo é financiar projetos de pesquisa e inovação até 2020.