08/09/09 13h55

Importados terão participação maior nas gôndolas do varejo

DCI

A presença de produtos importados nas gôndolas das redes supermercadistas será até 20% maior este ano, impulsionada principalmente pelo valor convidativo da moeda norte-americana frente ao real. Enquanto as grandes varejistas encerraram as negociações entre o ano passado e o primeiro semestre, as médias e pequenas comprarão os últimos lotes este mês. Das redes ouvidas pelo DCI, somente o Carrefour comprou menos, pois fechou os pedidos da categoria bazar em outubro de 2008.

A paulista Cooperativa de Consumo (Coop) estendeu a negociação para aproveitar a cotação do dólar e do euro, que deixa o preço dos importados mais competitivos. De acordo com Valdomiro Sanches Bardini, gerente-geral de Operações, a compra na categoria de alimentos será cerca de 20% maior este ano. Os principais itens estrangeiros que estarão nos 30 pontos-de-venda da empresa serão azeite, batata congelada, queijos, massas e vinhos. Na categoria de não-alimentos, os únicos artigos importados são as sacolas ecológicas.

A Coop é uma das 16 supermercadistas que formam a Rede Brasil de Supermercados, central de compras focada em importação, que lhes possibilita conseguir melhores condições de negociação de preços ao comprar volume maior de produtos. Somadas, elas projetam faturar este ano a cifra de R$ 8,6 bilhões (US$ 4,65 bilhões).

Outra rede que tem um amplo sortimento desses itens é o Sam's Club, uma das nove bandeiras do Walmart. Suas 22 unidades já estão abastecidas com itens natalinos, e a expectativa é de comercializar 20% a mais este ano, na comparação com o ano passado. No Grupo Pão de Açúcar, a venda de alimentos e vinhos deverá ser maior. Recentemente, Sandro Benelli, diretor de Compras Globais da companhia, declarou que as negociações de importados para o Natal acabaram em julho. Na semana passada, Benelli estava em Hong Kong, na China, negociando preços.