30/01/08 10h31

IBS estima elevar produção até 2012

Valor Econômico - 30/01/2008

A indústria siderúrgica não acredita em recessão "abrupta" e nem pretende rever seus investimentos no Brasil por causa da iminência de uma crise internacional. Em reunião ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, o conselho diretor do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) reafirmou as intenções de aumentar em 11 milhões de toneladas a capacidade produtiva das atuais fábricas de aço, até 2012. Além disso, novas empresas que estão se constituindo agora no país - como as associações da Companhia Vale do Rio Doce com a coreana Dongkuk e a chinesa Baosteel - produzirão 6,8 milhões de toneladas por ano até 2012. Os investimentos a longo prazo são "constantemente revisadas", mas as decisões tomadas de ampliação da capacidade até 2012 não têm volta, segundo o executivo. "A siderurgia está completamente preparada para atender o crescimento da demanda interna", diz. Para ele, pode até haver uma desaceleração da demanda, mas a hipótese de uma recessão prolongada - no Brasil e no mundo - está afastada. "Nossa visão é de que não vamos ter nenhuma recessão abrupta", acrescentou Soares. Soares se disse preocupado com a possibilidade de déficit no abastecimento do setor elétrico, mas ressaltou que as empresas do setor estão cada vez mais auto-suficientes em energia. No caso da CST, 100% da geração é própria, e na Usiminas esse volume está sendo ampliado de 28% para 53% a partir de maio. A respeito da entrada da Vale no setor, o executivo disse que não há posição contrária das siderúrgicas sobre isso.