Ibovespa chega aos 57 mil pontos e os bancos brilham

Valor Econômico - 13/07/2007

Os muitos analistas que projetam o Índice Bovespa acima dos 60 mil pontos no fim deste ano viram o mercado ontem caminhar no sentido de suas projeções. O dia foi bom para quase todas as bolsas do mundo, para dizer o mínimo, com recordes tanto no Ibovespa quanto no Dow Jones. O Ibovespa subiu 2,23%, para 57.613 pontos, a maior alta percentual desde 13 de junho, quando subiu 2,31%. Com a redução dos temores sobre o setor imobiliário americano, predominam os bons fundamentos da economia mundial e local. No ano, a alta do Ibovespa já é de 29,55%. As ações de bancos brilharam entre as maiores altas do Ibovespa. As units do Unibanco subiram 6,83%, as preferenciais (PN, sem direito a voto) do Itaú se valorizaram 4,21% e as PNs da Itaúsa, 4,01%. O motivo foi o sucesso da abertura de capital da empresa processadora de cartões Redecard. A empresa captou mais de R$ 4 bilhões (US$ 2,1 bilhões) e, segundo fontes, a demanda teria superado em dez vezes a oferta, que já é a maior do mercado entre as debutantes da bolsa. A companhia é controlada por Unibanco, Itaú e Citibank, por isso a alta desses papéis. Unibanco subiu mais já que, pelo tamanho menor do banco, a operação terá mais impacto do que para o Itaú. O sucesso da operação mostra os bons ativos que os bancos possuem e que ainda não foram avaliados, diz um analista. As ações PN do Bradesco subiram 3,68% e as ordinárias (ON, com direito a voto) do Banco do Brasil, 2,59%. Os dois bancos controlam a Visanet e a expectativa é de que, numa abertura de capital da companhia, os donos também levem a melhor. Os bancos vivem hoje um ótimo cenário, diz o analista da Corretora Unibanco Carlos Macedo. E por vários motivos, entre eles, o crescimento econômico e do crédito e a inadimplência controlada.