18/08/09 11h46

IBM traz ao Brasil programa de apoio a novos negócios

Valor Econômico

A rotina de Marcelo Sena e de seus quatro sócios passou por uma revolução no início do ano. A Usix - empresa criada por um grupo de amigos com o objetivo produzir software para seguradoras - recebeu um aporte, de valor não revelado, do fundo Criatec. E veio a reboque uma transformação nos procedimentos de gestão da pequena companhia, que tem sede em Fortaleza. Os resultados já levam o empresário a sonhar mais alto. Sena quer ampliar as parcerias comerciais da empresa, dar corpo aos negócios e, em alguns anos, listar a Usix na bolsa de valores.

Quem fez o meio de campo entre a Usix e a Criatec - fundo com recursos do BNDES e administrado pela Antera Gestão de Recursos - foi a IBM. A companhia americana tinha a Usix em sua lista de parceiros, apostou no potencial da empresa e ajudou-a a encontrar um investidor. Esse é um papel que a IBM pretende desempenhar com frequência cada vez maior no mercado brasileiro. A companhia promove hoje a primeira edição do IBM Venture Capital Forum no país. O objetivo é aproximar universidades, desenvolvedores de tecnologia e fundos de capital de risco nascente dispostos a bancar investimentos em empresas novatas.

"Há dois anos começamos uma aproximação com o mercado local. Agora, vamos oficializar o lançamento dessa comunidade IBM", afirma Claudia Munce, vice-presidente mundial do IBM Venture Capital Group - a divisão da empresa americana que tem exatamente a finalidade de prospectar novas tecnologias e novos parceiros. A IBM não coloca recursos próprios nas empresas nascentes que considera promissoras, mas procura apresentá-las a investidores. Segundo a executiva, já foram identificadas cerca de 120 empresas inovadoras no país que interessam à companhia.

Um centro de inovação que a IBM inaugurou em São Paulo neste ano dará suporte às iniciativas. "O centro mostra que estamos comprometidos com o mercado local", ressalta a executiva. A IBM faz um mapeamento do mercado com a ajuda de fundos de capital de risco, mas também faz as vezes de "olheira" em universidades e em sua própria carteira de parceiros comerciais. "O mercado brasileiro está se tornando maduro. Não estaríamos aqui se não víssemos um grande potencial", diz.