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Hypermarcas abre centro de pesquisa e nova fábrica

Valor Econômico – 23/09/10

Na hora do almoço, uma das salas de reuniões da Hypermercas, no escritório central da empresa na zona sul da capital paulistas, se transforma em uma espécie de restaurante familiar. Na mesa, o pessoal da área de marketing, planejamento e finanças quase sempre almoça junto. Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, diz que ganha tempo com isso. O que é tratado nas conversas informais do almoço tem, nas últimas semanas, sido um dos principais focos de ação da empresa, considerada a maior companhia de capital nacional do setor de bens de consumo do país, com produtos nas áreas de alimentos, higiene pessoal, limpeza doméstica e medicamentos. O faturamento neste ano pode chegar a R$ 3,8 bilhões (US$ 2,2 bilhões), segundo estimativa de analistas.

A equipe de executivos da Hypermarcas tem trabalhado na tentativa de desenhar projetos e tomar iniciativas para crescer mais rapidamente de forma orgânica. Em discussão hoje, nos corredores da companhia, estão alguns desses projetos em andamento. A Hypermarcas vai criar um centro de pesquisa e desenvolvimento em Alphaville, na Grande São Paulo, onde serão investidos R$ 10 milhões (US$ 5,7 milhões). O local terá três mil metros quadrados, está em processo de reforma e acomodará uma nova equipe. A executiva Sônia Tuccori foi contratada há quatro meses para o cargo de diretora de P&D em Alphaville. "Vamos levar o consumidor para dentro da empresa, mostrar as marcas relançadas, fazer estudos e análises de comportamento do consumidor. Queremos desenvolver o que ainda não criamos", diz Marcio Santos, diretor executivo de operações da área de consumo da Hypermarcas.

A empresa também criará uma estrutura fabril única para a produção de medicamentos sem prescrição médica (OTC). O plano é finalizar, ao término do ano de 2011, a maior ampliação já realizada na unidade do grupo em Anápolis (GO), que pertence à Neo Química, companhia da área de OTC adquirida pela Hypermarcas em 2009. Serão investidos no local pouco mais de R$ 110 milhões (US$ 62,9 milhões), segundo o governo goiano. A unidade fabril, que deve receber R$ 60 milhões (US$ 34,3 milhões) do investimento, reunirá linhas de produção de todas as marcas do grupo no segmento, como Rinosoro, Benegrip e Lisador. O restante do montante investido (R$ 50 milhões / US$ 28,6 milhões), está sendo aplicado na criação de um centro de distribuição de medicamentos ao lado da fábrica. O espaço será o maior centro de logística e estocagem de uma fabricante de produtos OTC na América Latina. Duas unidades da área de medicamentos da empresa, localizadas em Barueri e São Paulo, devem parar de operar. Isso inclui a planta da DM Farmacêutica, comprada em 2007.