20/08/09 14h03

Hugo Boss reformula linha feminina

Valor Econômico

Com uma retração nas vendas globais de 5%, sentida sobretudo nos mercados dos países desenvolvidos, a grife Hugo Boss volta a sua atenção cada vez mais para a América Latina. No primeiro semestre de 2009, a região apresentou 26% de crescimento. Atualmente, o México é o principal mercado da região. "Mas acredito que, no futuro, será o Brasil", afirma Mark Brashear, CEO da Hugo Boss para as Américas, que esteve pela primeira vez no Brasil, na semana passada, para conhecer melhor o mercado e "refinar a estratégia da marca no país."

O mercado europeu apresentou uma queda de 8% nas vendas no primeiro semestre. No mesmo período, as vendas globais foram de € 788 milhões, 5% a menos do que na primeira metade de 2008. Portanto, os resultados da América Latina são motivo de comemoração. A intenção da grife alemã é ganhar consumidores no Brasil, ainda um terreno fértil para as marcas de luxo. Atualmente, a alemã possui quatro lojas no país, sendo duas na capital paulista, uma em Itupeva (SP), no Outlet Premium, e uma em Brasília. Uma nova loja será aberta no shopping Iguatemi de Brasília, em março do ano que vem. Além disso, os executivos procuram por um ponto de rua, na região dos Jardins, em São Paulo, para ser a sua nova "flagship store".

Além de voltar a crescer em número de lojas, a grife também prepara o relançamento de sua linha feminina, que chegou a ser vendida na antiga butique, na rua Haddock Lobo. Atualmente, algumas multimarcas selecionadas, como a Conte Freire, de Porto Alegre, e Capoani, de Curitiba, comercializam peças da linha feminina. Brashear admite, no entanto, que a atual coleção feminina da Hugo Boss não atende ao estilo e à modelagem ideal da cliente local - e antes de entrar com força novamente no mercado, precisa passar por uma reformulação. De acordo com o executivo, a coleção feminina deverá ser integrada às novas lojas brasileiras gradativamente. Por hora, a empresa não pensa em pontos exclusivamente femininos por aqui.