16/05/11 14h45

HP tem estratégia agressiva para liderar mercado de rede no Brasil

DCI

As empresas brasileiras devem aumentar seus investimentos em inovação tecnológica pelo menos nos próximos cinco anos, principalmente no que diz respeito a integração e acompanhamento de toda a companhia por meio da rede (networking) na chamada computação em nuvem (cloud computing). É nisso que acredita a Hewlett-Packard (HP), que inicia sua entrada no mercado mundial ao lançar produtos e serviços centrados no setor.

De acordo com Marius Haas, vice-presidente e gerente-geral da HP Networking, a estratégia para liderar o mercado de rede será bastante agressiva no Brasil. "Esperamos que esse departamento na HP seja líder de mercado em países emergentes. Nós chegamos a criar organizações dentro da companhia focadas em cada país que forma o BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China, antes de incluída a África do Sul]", diz. "Sabemos da importância do Brasil e temos conhecimento de que o empresário brasileiro quer alta tecnologia com segurança, a um custo acessível. Vamos oferecer tudo isso a ele", diz Haas. Segundo dados da companhia, o bloco dos BRIC responde por 11% da receita da HP, cujo movimento é de US$ 127 bilhões por ano. A empresa não divulgou números sobre sua atuação no País.

Exemplo da importância do mercado brasileiro foi o fato de o novo CEO da empresa, Leo Apotheker, ter escolhido o Brasil como o primeiro país da América Latina a visitar em seus oito meses no cargo. Segundo ele, o objetivo é buscar ser líder mundial em soluções para cloud computing, conectividade e software. Uma das ações incluídas na estratégia da HP é conseguir parceiras com empresas que já prestam serviços para Cisco, sua maior concorrente. "Nos Estados Unidos, conseguimos fazer negócio com 30 dos 40 mais importantes canais de distribuição (onde o produto ou serviços podem ser adquiridos) naquele país. Esperamos fazer o mesmo na América Latina", comenta. Com essa forte atuação do mercado de networking, a empresa espera crescer mundialmente 183% em 2011.

Marius Haas prevê ainda que o HP Networking terá, no "futuro próximo", maior presença no Brasil do que o setor de criação de software da própria fabricante, que é líder no País. "As empresas brasileiras já demandam por isso (inovações em networking)", entende Haas. A intenção da HP, conforme Leo Apotheker, é não fornecer apenas aplicativos.

Questionado pelo DCI se o custo para adquirir inovações tecnológicas será acessível para pequenas e médias empresas, Marius Haas destacou que os produtos e serviços da HP devem atender a qualquer demanda. "Diferentemente das concorrentes, oferecemos o melhor custo-benefício. O custo pode ser mais alto no primeiro momento, mas será menor do que o de produtos das nossas maiores concorrentes. Além disso, damos um suporte grátis para atualizações, de modo a oferecer um custo apenas inicial à empresa", explica o executivo. Ele diz que a HP busca aumentar o número de parceiros que podem reduzir o valor dos produtos de 35% a 45%.

Rita D'Andrea, diretora de Vendas da HP Networking no Brasil, afirma que os produtos e serviços oferecidos pelo setor podem servir para empresas de diversas atuações, como em educação e em hospitais, assim como para as administrações públicas.