10/06/10 11h12

Hospital Samaritano aposta em tecnologia e reduz custos

DCI

O crescimento do setor hospitalar tem levado empresas, como o Hospital Samaritano, a priorizar os investimentos em tecnologia para melhorar a gestão e ganhar em eficiência no atendimento ao paciente. Até o final do ano, a entidade pretende injetar R$ 3 milhões (US$ 1,7 milhão) para aprimorar seu sistema de gestão hospitalar - hoje a empresa utiliza o Tasy, da WHEB Sistemas, na parte de gestão, integrado ao IMPAX, da AGFA Healtcare, que fornece imagens médicas digitais. Ambos os sistemas foram implantados em meados do ano passado a custo de R$ 5 milhões (US$ 2,54 milhões)e ajudaram o Hospital a dar um salto na receita: de R$ 211 milhões (US$ 115,3 milhões) em 2008 para R$ 233 milhões (US$ 118,3 milhões) em 2009. Este ano, o Samaritano pretende crescer 10% com as novas tecnologias.

De acordo com o gerente de Tecnologia da Informação (TI) do Samaritano, Klaiton Simão, o uso das tecnologias impulsionou o crescimento do centro médico desde que elas começaram a funcionar, em abril de 2009. "Sem dúvida, esses investimentos feitos no ano passado se pagaram e faz tempo", disse ele, sobre o retorno que o hospital teve com a redução de custos operacionais conquistada a partir da otimização tecnológica da empresa. Simão explica que o principal ganho para a instituição foi a melhora do atendimento, agora com a possibilidade de o médico ter acesso ao histórico de consultas e diagnósticos do paciente pelo computador. Até 2011, o centro médico estará em fase de consolidação dos investimentos do centro médico em tecnologia. O gerente de Tecnologia da Informação do Hospital Samaritano contou também que, depois da modernização da área de TI, o hospital se transformou em modelo de outros centros médicos brasileiros. "Sem dúvida, virou referência, sobretudo pelo impacto positivo que teve para nos nossos pacientes", comenta Simão.

Esse apetite das empresas de saúde por inovações atrai também a atenção de empresas de diversos segmentos para se tornarem fornecedoras dos hospitais. A centenária Karsten, por exemplo, lançou a linha Karsten Care para atender às necessidades do setor de saúde. No ano passado, a empresa teve faturamento de R$ 390 milhões (US$ 198 milhões) e deve chegar próximo a R$ 450 milhões (US$ 250 milhões) até o final de 2010.

Outra que mira no segmento hospitalar é a Guido Contini, fábrica de móveis corporativos. Segundo o presidente da empresa, Gustavo Saguia, a companhia inaugurou no último mês uma fábrica de móveis em Bom Jesus dos Perdões para atender ao crescimento que ganhará impulso com as vendas de móveis a hospitais. Para colocar em funcionamento a nova fábrica, a Guido Contini investiu R$ 2 milhões (US$ 1,1 milhão).