Honda produz 1 milhão de carros sem emitir CO2 no Brasil
Empresa é a única montadora de automoveis a manter um parque eólico no país
Automotive BusinessA Honda celebrou nesta quinta-feira, 21, a produção de 1 milhão de carros no Brasil com energia limpa. O marco foi possível por conta da manutenção do parque eólico mantido pela Honda em Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul.
Inaugurado em 2014, o local tem 10 torres de produção de energia eólica. A estimativa é que, neste período, mais de 700 mil MWh foram gerados. Essa energia seria suficiente para abastecer uma cidade com 35 mil residências por 10 anos.
De acordo com a Honda, a produção em Xangri-Lá é suficiente para abastecer as fábricas de Sumaré e Itirapina, ambas no interior paulista, além da sede administrativa em São Paulo.
Empresa deixou de emitir 47 mil toneladas de CO2
Além de alimentar todas essas localizações, existe um excedente de 20% de energia produzida, que é vendida no mercado.
"Temos uma operação consolidada e com resultados positivos para a empresa e para a sociedade", afirmou Otavio Mizikami, vice-presidente industrial da Honda Automóveis e presidente da Honda Energy.
A estimativa é que a empresa deixou de emitir mais de 47 mil toneladas de CO2 na atmosfera na última década. Segundo a Honda, mais de R$ 130 milhões foram investidos no local até o momento.
Honda é única montadora com parque eólico no país
A Honda é a única fabricante de automoveis que mantém um parque eólico no Brasil.
Das 10 torres, oito delas começaram a operar em 2014. A última foi instalada em 2020 para abastecer a fábrica de Itirapina, onde são fabricados os modelos City Hatch, City Sedan e HR-V.
Cada pá é produzida com fibra de vidro e resina epóxi, enquanto a base é feita de fibra de carbono e metal.
Produção é maior no segundo semestre
Apesar de estar em uma localização com bastante vento, a produção varia de acordo com a época do ano, sendo que o segundo semestre é mais favorável para tanto.
Cada torre converte de 98 a 99% do vento disponível pra ele e a velocidade média do vento no local é de 36 km/h. Caso a velocidade seja maior, o aparelho altera o ângulo das pás para administrar a produção e eventualmente proteger o equipamento.
A manutenção é realizada anualmente, sendo que uma torre é paralisada por vez. Além de apertar os parafusos, os técnicos realizam a substituição de fluidos e eventualmente trocam peças que precisem ser repostas. Os componentes vêm de países como China, Dinamarca e Estados Unidos.
O tempo de vida útil de cada torre de energia eólica é estimado em de 15 a 20 anos.