Honda passa a fabricar motores no Brasil e reduz importação de peças
O Estado de S. Paulo - 26/10/2007
A Honda inicia no próximo ano a produção de motores em um prédio anexo à fábrica localizada em Sumaré, interior de São Paulo. Hoje, a maior parte das peças do equipamento é importada da matriz no Japão. A nacionalização do motor, considerado o coração do automóvel, é um sinal de que a montadora japonesa consolida cada vez mais suas operações no Brasil, mercado que já é o sexto maior do mundo para a companhia, com chances de pular para a quinta colocação este ano. Seguindo a filosofia japonesa de dar passos cautelosos, a Honda levou dez anos, desde a instalação da unidade de automóveis no País, para investir na produção local de motores. Para construir a fábrica, foram mais de 20 anos desde a aquisição do terreno em Sumaré, na década de 70. A construção do prédio e a compra de equipamentos fazem parte do investimento de US$ 100 milhões anunciados no fim de 2005, que incluía a ampliação da capacidade produtiva de 240 para 550 veículos ao dia. Hoje, a linha de produção opera em três turnos e a Honda já estuda nova ampliação para dar conta da demanda. Em maio, a fábrica de motores, que está em fase de testes e tem capacidade para 550 peças/dia, iniciará a produção do motor do Civic e, em outubro, do Fit. Serão contratados 200 funcionários, ampliando assim o quadro atual de 3,1 mil pessoas. Componentes eletrônicos e partes como a engrenagem continuarão sendo importados. Para viabilizar a nacionalização completa do motor, a fábrica deveria produzir cerca de 200 mil carros anualmente, volume que justificaria o alto investimento necessário para o projeto. Este ano, devem ser produzidos em Sumaré 106 mil veículos, volume que irá a 121,5 mil em 2008, dos quais 24 mil para exportação.