03/05/11 11h40

Holding TA dispara ao investir em tecnologia e terceirização

DCI

Vai longe o tempo em que levar cargas pelas rodovias Brasil afora resumia-se ao trabalho isolado de um motorista guiando um velho caminhão. A Transportadora Americana (TA), sediada na cidade homônima do interior de São Paulo, teve receita de R$ 210 milhões (US$ 119,3 milhões) em 2010 (20% superior à de 2009) e espera faturar neste ano R$ 250 milhões (US$ 156,3 milhões) (mais 20%). A estratégia é usar ao máximo a tecnologia moderna para expandir-se, aliada a uma administração focada em eficiência e redução de custos. Foi o que a levou a ser, no ano passado, a primeira empresa do Brasil a emitir um Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) - o qual foi lançado pelo Ministério da Fazenda para substituir a papelada até aqui usada sempre que uma carga é expedida via caminhão.

A economia da TA ao aderir à novidade bate em R$ 50 mil (US$ 31,3 mil) ao mês. Atualmente, 95% das operações da empresa já se dão com o uso deste documento digital. A TA é a maior emissora de CT-es do País. Outros R$ 800 mil (US$ 500 mil) foram poupados até abril deste ano com uma ação inédita da empresa: a terceirização da gestão dos pneus de sua frota, entregue pela Transportadora Americana à DPaschoal - a qual se responsabiliza pelas trocas, calibragens, alinhamentos e tudo o mais que os caminhões da companhia exigem. Resultado: queda de 26% nas despesas com a compra de pneus novos e de 2% no consumo de combustível, além da elevação de 14% na quantidade de pneus reaproveitados.

Fundada em 1941, a Holding TA é controlada em partes iguais pelos Luchiari e pelos Panzan, duas famílias tradicionais da cidade de Americana. A companhia conta com infraestrutura própria nas regiões Sul e Sudeste do País. Desde 2002, a holding mantém um acordo comercial com a FedEx que lhe dá acesso à rede mundial de transportes da empresa dos EUA. Integram a organização a TALog (operadora de logística), a TAExpress (envio de encomendas expressas pelo ar, terra ou mar), a Wind Express (serviço especializado no transporte de encomendas emergenciais, como perecíveis), a TABens (voltada ao setor imobiliário) e a Universidade do Transporte, a primeira universidade corporativa do setor, segundo a empresa.

Seu foco são fregueses com necessidades específicas. "Hoje, o cliente não quer saber só se a mercadoria foi entregue; quer saber como e quando isto aconteceu, em quais condições, quem assinou o recibo... e quer saber disto tudo imediatamente", observa Celso Luchiari, diretor presidente da companhia. "Nosso diferencial é fornecer tais dados melhor que qualquer outra empresa." Só se consegue disponibilizar tudo isto, e ainda fazer dinheiro, optando por sofisticação tecnológica e gestão arrojada. "Em 2011, investimos muito na frota, em equipamentos e melhorias nos armazéns, e em sistemas de informação ao cliente, como a rastreabilidade de mercadorias", detalha Luchiari. E investiram, também, na abertura de novas unidades.

Do final de 2009 até o início deste ano, a holding afirma já ter inaugurado 7 filiais: duas no Rio Grande do Sul (Caxias do Sul e Lajeado), três em Santa Catarina (Blumenau, Criciúma e Itajaí) e duas em São Paulo (São Carlos e Sorocaba). Hoje, a TA possui 28 filiais, distribuídas no Sul e Sudeste, e está analisando a abertura de outras 7 nos Estados do Paraná, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais até o final deste ano.