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Hitachi planeja triplicar atuação no país

Valor Econômico - 06/06/2008

Dois meses após assumir o cargo de vice-presidente e gerente geral para as Américas da japonesa Hitachi Data Systems, braço de negócios do grupo Hitachi especializado em armazenamento de dados, Jeff Henry agendou sua primeira viagem. Uma visita, que ocorreu durante esta semana, ao maior mercado da América Latina para a companhia: o Brasil. "A demanda do cliente (por produtos e serviços de armazenamento) está forte nesse momento. A América Latina está entre as regiões que mais crescem no mundo e vemos esse crescimento como um movimento de longo prazo", diz Henry, que já passou por outras gigantes do setor de tecnologia, como Unisys e Hewlett-Packard (HP). A estratégia de expansão da companhia para o país é agressiva. Pedro Saenger, vice-presidente da Hitachi Data Systems para a região da América Latina, planeja triplicar a operação brasileira até 2010, comparado ao tamanho da companhia em 2007. O motor que irá impulsionar a expansão no Brasil - e no mundo - é a necessidade crescente das companhias de guardarem informações. "Hoje, pode se demorar até 24 horas para encontrar um determinado arquivo. Com o nosso software, é possível resgatá-lo em 30 minutos", diz Henry. Ele explica que o principal produto da Hitachi no mercado, atualmente, utiliza o conceito de "virtualização" do armazenamento de dados. A tecnologia cria equipamentos independentes (e virtuais) dentro de computadores reais, o que permite diminuir a capacidade ociosa do equipamento, economizar com a compra de hardwares novos e com energia elétrica, por exemplo. O próximo passo da companhia no Brasil, uma estratégia mundial idealizada em 2007, será oferecer equipamentos para pequenas e médias empresas a partir do segundo semestre deste ano. Até então, o foco da Hitachi estava voltado para grandes companhias. E, num futuro próximo, mas que Saenger prefere não especificar, a Hitachi oferecerá um catálogo de produtos de armazenamento para usuários finais também. A demanda por capacidade de arquivamento tem crescido num ritmo de dois dígitos nos últimos anos.