25/02/11 10h04

Henkel quer investir na ampliação das fábricas de Diadema e Jundiaí

Valor Econômico

A fabricante alemã Henkel, que produz desde adesivos industriais até a cola Super Bonder e a linha Pritt, planeja investir de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões (US$ 11,8 milhões a US$ 17,6 milhões) em dois projetos de expansão produtiva voltados para o setor automobilístico e o de embalagens. Os projetos serão aplicados entre 2011 e 2012 e envolvem a criação de duas novas áreas produtivas nas fábricas de Diadema - unidade produtora de adesivos para o setor automobilístico e siderúrgico - e Jundiaí, onde se produz adesivo para embalagens e indústria gráfica.

"Há dez principais projetos desenvolvidos pela companhia globalmente e dois deles serão no Brasil. O país está sendo privilegiado", afirmou ao Valor o presidente da Henkel no Mercosul, Julio Muñoz Kampff. Sem dar mais detalhes, o executivo enfatizou que os países emergentes têm ampliado sua participação dentro dos resultados da multinacional, de 38% do faturamento em 2009 para 41% no ano passado. E isso tem influenciado a alocação de investimentos da matriz.

A participação da América Latina nos resultados do grupo, no entanto, é ainda pequena - de 6,5%, sendo que mais de 30% do faturamento da região vem do Brasil. "Ainda é pouco, mas crescemos (o Brasil) organicamente na faixa dos 10% nos últimos cinco anos", ponderou Kampff. Em 2010, a subsidiária brasileira apresentou faturamento líquido de R$ 769 milhões (US$ 436,9 milhões), o que representou um avanço orgânico de 11% em relação ao ano anterior. O resultado foi impulsionado principalmente pelas vendas à indústria, como o setor automobilístico, a indústria gráfica e a de eletrodomésticos.

Em seu balanço divulgado ontem, a alemã mostrou que, na América Latina, o crescimento orgânico das vendas ficou em 9,8%, somando € 982 milhões. Globalmente, por sua vez, os resultados da multinacional somaram € 15,1 bilhões em 2010, alta de 7%. O lucro líquido global atribuível aos acionistas da companhia totalizou € 1,1 bilhão, frente a € 602 milhões verificados um ano antes. Para 2011, a companhia alemã, baseada em Düsseldorf espera um crescimento orgânico de 3% a 5%. "Neste momento, estamos sendo impactados pela elevação dos preços das matérias-primas. O petróleo crú e o polipropileno (um tipo de resina plástica) são exemplos ", destacou Kampff.