07/11/13 16h14

Habibs comemora 25 anos e investe de olho na Copa e nas Olimpíadas

Infomoney

Em meio à exposição “Habib’s 25 anos. 25 ingredientes. 1 Receita de Sucesso” o fundador da rede de fast-food Habib’s, Alberto Saraiva, comemorou na manhã desta terça-feira (5) as bodas de prata da empresa e falou sobre os planos futuros.
 
De olho na Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, a rede inaugura no fim de novembro a primeira loja conceito da marca, localizada na Zona Leste da Capital, local estrategicamente escolhido por ser no caminho do estádio de abertura da Copa, o Itaquerão, além do potencial e da alta demanda de consumidores na região. Entre as novidades, os clientes encontrarão uma espécie de minimercado com produtos semi-prontos. Dependendo da aceitação, a marca, que já vende esse tipo de produto para algumas redes, pode expandir esse nicho do negócio.
 
“Com esse novo posicionamento, estamos reforçando os valores que nortearam o Habib’s ao longo desses 25 anos e nos comprometendo a sermos muito mais nos próximos 25”, declara Saraiva.

Ainda focando nos eventos esportivos que terão o Brasil como sede nos próximos anos, a rede está inaugurando no Rio de Janeiro uma central de produção. Na opinião de Saraiva, 2014 pode ser um dos melhores anos da década para a marca e para o Brasil. “Acredito que 2014 pode ser um dos melhores anos da década para o Brasil e estamos apostando e investindo nisso. A única coisa que pode atrapalhar são as manifestações, que são legítimas, mas que deixam as pessoas inseguras na hora de sair de casa. Dependendo de como o governo lidará com isso, pode ser um fator que frustre as expectativas”, analisa.
 
Crise do tomate
Além da loja conceito e da central de produção carioca, a marca, conhecida por adotar o conceito de verticalização dos negócios, investirá nos próximos dois anos, cerca de R$ 35 milhões em três novas empresas. Ela está criando em Monte Alto, interior de São Paulo, uma empresa de vegetais processados, que irá dominar a parte de cebolas e tomates. A ideia é escapar das oscilações de preços do setor, como a recente crise que atingiu o tomate, visto que com tais produtos aumentando, fica difícil manter os preços baixos, que está no dna da marca.
 
Em Lins, também no interior paulista, a rede abrirá uma empresa de frutas e sucos congelados e assim, baratear os preços, mantendo a qualidade, dos sucos servidos pela rede.
 
Também será aberto um centro de armazenagem e distribuição de frios.
 
Já em Itapevi-SP, em um espaço de 20 mil metros quadrados, serão transferidas as indústrias de sorvete e panificação da marca. Para garantir o crescimento sustentável da rede, a qualidade de seus produtos e a satisfação dos clientes, o Habib’s aposta na verticalização de seus processos. Além das 14 centrais de produção, que se dedicam exclusivamente ao atendimento da rede, compõe a estrutura as empresas Upstage/Voxline (delivery e call center), Francosult (consultoria em franchising), Vector 7 (projetos e estruturas), PPM - Propaganda, Promoção e Marketing (house agency) e as indústrias Arabian Bread (confeitaria, panificadora e sorvetes) e Promilat (laticínios).
 
“Apostamos na verticalização para manter os preços e nos tornar competitivos. Sem verticalização não há como manter os preços em 0 alguma coisa”, explica.
 
Reposicionamento e IPO
Ao longo dos últimos 25 anos, o Habib’s fundamentou sua trajetória, entre outras coisas, em conceitos como persistência e democratização. Para os próximos 25 anos, a rede pensa em um reposicionamento da marca e quer passar do segmento de fast-food para smart-food.
 
Além disso, nos próximos 10 anos, o grupo pretende investir cerca de R$ 400 milhões e triplicar o número atual de lojas, chegando a um total de mil pontos espalhados por todo o país. Para isso, a principal aposta é a rede Box30, de menor tamanho e demanda de capital inicial na faixa dos R$ 300 mil, bem abaixo do investimento necessário para uma franquia do Habib’s ou do Ragazzo (que também compõe o grupo), que giram em torno de R$ 800 mil a R$ 1,5 milhão, dependo do tamanho do local.
 
A internacionalização da rede e até a abertura de capital da empresa também estão nos planos futuros da empresa. Contudo, sobre um futuro IPO, Saraiva diz que está estudando o assunto e preparando a empresa, para que ela tenha condições de uma entrada na bolsa, em cerca de dois ou três anos, ainda que não esteja certo de que isso irá realmente acontecer.
 
“A empresa não tem dívidas e temos recursos suficientes para a expansão. Mas, o mundo caminha para IPO, independentemente se vamos ou não abrir capital, quero que o grupo tenha as condições necessárias para isso em dois ou três anos, se quisermos”, finaliza.