25/02/13 16h20

Há um grande potencial para a inovação no Brasil

O Estado de S. Paulo - Panorâmica

A americana Life Technologies, que chegou ao Brasil há 12 anos, vê no País um de seus principais polos globais de expansão, graças às estimativas de crescimento para o uso da biotecnologia no agronegócio e na área de saúde. "O agronegócio dá muito valor à inovação, especialmente nas áreas de genética animal e de biocombustíveis", afirma Gianluca Pettiti, presidente da empresa, que fatura US$ 60 milhões ao ano no País.

Quais são os principais mercados para a Life Technologies no Brasil?
Agronegócio e saúde. No primeiro, desenvolvemos hoje pesquisas nas áreas de saúde animal e biocombustíveis. Na saúde, temos uma plataforma de sequenciamento genômico para identificar mutações em caso de câncer. Com a análise genética individualizada, é possível dosar o medicamento para o paciente, evitando desperdícios e reduzindo efeitos colaterais. O Hospital AC Camargo está entre os nossos clientes.

O mercado brasileiro está mais aberto a soluções inovadoras?
Há um potencial muito grande para a inovação no Brasil, embora obviamente o País esteja longe do nível dos Estados Unidos e da Europa. A existência de instituições como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) é um passo na direção certa. O agronegócio dá muito valor à inovação. Empresas de cosméticos, como O Boticário, também vêm investindo em pesquisa.

Qual é a previsão de crescimento no mercado brasileiro?
A Life Technologies tem hoje receita de US$ 120 milhões por ano na América Latina, o que é cerca de 4% a 5% do total global. Queremos crescer US$ 20 milhões ao ano na região. O Brasil é a sede da região, e a receita no País é de US$ 60 milhões.