21/06/12 14h17

Grupos asiáticos mantêm planos de produzir no país

Valor Econômico

Apesar do momento ruim, as perspectivas de consumo de bens de capital seguem positivas quando se olha para o longo prazo. Dada a necessidade de enormes investimentos em infraestrutura no país, grandes grupos asiáticos - caso das coreanas Hyundai e Doosan e das chinesas Sany e XCMG - tocam investimentos superiores a US$ 600 milhões na construção de fábricas de maquinário em cidades do interior.

"Não há dúvida que o Brasil requer um investimento grande em infraestrutura. Isso deve continuar", afirma Yoshio Kawakami, presidente na América Latina da Volvo Construction Equipment (VCE), o braço do grupo sueco Volvo no setor de bens de capital. Depois de faturar US$ 716 milhões em 2011, as vendas da filial estacionaram no mesmo patamar do ano passado.

Mesmo assim, a empresa tem investido a um ritmo anual de US$ 10 milhões em melhorias, capacidade adicional, renovação e ampliação das linhas de produtos na fábrica de Pederneiras (SP).

Os primeiros esboços de uma reação no setor de bens de capital podem estar no desenvolvimento de alguns nichos. Na contramão da queda de 11,4% no mercado de carretas, dois segmentos de reboques com vocação a infraestrutura e construção civil - silo e carrega tudo - conseguem crescer a um ritmo de dois dígitos neste ano.

Alcides Braga, presidente da Anfir, entidade dos fabricantes de implementos rodoviários, destaca que a preparação do país para a Copa do Mundo de 2014 traz uma demanda forçada, que tende a se fortalecer até 2013. "Teremos que fazer três anos em um."