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Grupo Votorantim planeja investir US$ 14,1 bi até 2012

Valor Econômico - 11/10/2007

Em sua estratégia de dobrar o resultado operacional até 2010 e manter o ritmo de crescimento de 15% ao ano, a Votorantim anunciou ontem pacote de investimentos de R$ 25,7 bilhões (US$ 14,1 bilhões) no prazo de cinco anos: 2008/2012. "Vivemos um dos melhores momentos para se fazer investimentos no país desde o fim da 'era do milagre' (década de 70). Prevemos um crescimento anual do PIB de 4% nesse período, com viés de alta", disse José Roberto Ermírio de Moraes, presidente da Votorantim Industrial holding que engloba os negócios de cimentos, metais, celulose e papel, suco de laranja e energia. De 2002 até este ano, o grupo aplicou R$ 19 bilhões (US$ 10,4 bilhões) de recursos em seus negócios. Segundo José Roberto, o valor previsto até 2012 não inclui aquisições. "Temos investido em média US$ 3 bilhões anuais na compra de ativos no Brasil e exterior para manter nossa estratégia de crescimento de longo prazo". Neste ano já foram quase US$ 1 bilhão - na Siderúrgica Paz del Río, na Colômbia, e em cimento na Flórida e região dos Grandes Lagos, EUA. Grande parte do investimento deverá ocorrer em 2008 - R$ 8,8 bilhões (US$ 4,8 bilhões). A companhia prevê geração de 11 mil empregos diretos. Em 2006, o grupo obteve receita líquida de R$ 29 bilhões (US$ 13,3 bilhões), incluindo a área financeira, e alcançou resultado operacional (medido pelo Lajida - lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 8,1 bilhões (US$ 3,7 bilhões). "Nossa meta é dobrar esse resultado até 2010". A área de metais tem o maior investimento - R$ 11,1 bilhões (US$ 6,1 bilhões) e abrange, além do Brasil, os ativos de zinco no Peru. Em celulose, para instalação de duas novas fábricas - em Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul - estão orçados R$ 9,6 bilhões (US$ 5,3 bilhões)  para elevar a capacidade de 1,3 milhões de toneladas a 3,9 milhões. A área de cimentos, cuja demanda está crescendo em ritmo de dois dígitos com o boom imobiliário do país, aumento de renda, crédito e obras de infra-estrutura, receberá R$ 2,1 bilhões (US$ 1,2 bilhão). Na área de energia, em cinco projetos hidrelétricos, o grupo estima investir R$ 2 bilhões (US$ 1,1 bilhão). Com isso, prevê adicionar 1,1 mil MW aos atuais 1,5 mil MW, com objetivo de elevar a média de 60% de geração própria para 70%. Para o negócio de suco de laranja estão orçados em R$ 900 milhões (US$ 492,6 milhões). O objetivo é quadruplicar a produção de suco, para 457 mil toneladas por ano.