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Grupo suíço fecha parceria com empresa ambiental de SP

Gazeta Mercantil - 18/01/2008

Aos olhos de empreendedores europeus com negócios na área energética, o Brasil é um dos melhores mercados para investir, principalmente, em se tratando de energias renováveis. Foi desenvolvendo projetos de engenharia ambiental e consultoria, há mais de 25 anos, que a brasileira Ecogeo atraiu a atenção do fundo de investimentos suíço, Ecos Group. O conglomerado suíço estabeleceu nesta semana uma parceria com a Geoklock, uma das empresas da Ecogeo. Esse acordo vai permitir que Geoklock amplie sua atuação não só no Brasil mas em países da América do Sul. Para fechar a operação, o presidente do Ecos Group, Andréas Eggenberg desembarcou essa semana em São Paulo. Sem falar no valor destinado a esse investimento - o primeiro de uma série que o fundo pretende realizar por aqui - o executivo explicou a razão da escolha da Geoklock. "Sempre tivemos foco no Brasil porque consideramos o país mais importante da América Latina. A questão ecológica por aqui é tratada com seriedade e a Geoklock é a jóia que procurávamos", disse Eggenberg. O fundo de investimentos e de private equity, que tem sede no Panamá, foi criado em 2007 por investidores suíços interessados em empresas latino-americanas e que atuem na área de desenvolvimento sustentável. Através da parceria, a Ecogeo pretende reforçar a atuação da Geoklock nas regiões com grande potencial para a geração de biogás (biogeração) e de biodiesel, a partir de resíduos da produção agrícola e pecuária."Nossos investimentos são ambientais e por isso precisamos de recursos externos", afirmou o presidente da Ecogeo, Ernesto Moeri, que já desenha projetos para o futuro. "Essa operação reforça a nossa participação no mercado doméstico e vai possibilitar a conquista de negócios em outros países - na Argentina, por exemplo", explica. Parte da verba injetada pelo Ecos Group, a Ecogeo pretende investir na implantação e operação de pequenas usinas de energia elétrica e em combustíveis renováveis. Já com a biogeração será possível captar créditos de carbono e comercializá-los nas bolsas mundiais.