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Grupo Moema investe US$ 250 milhões

Gazeta Mercantil – 13/08/2008

O Grupo Moema, que tem como sócios a família Junqueira e a Maubisa, holding do empresário Maurilio Biagi Filho, está investindo US$ 250 milhões para quadruplicar a cogeração de energia a partir do bagaço da cana-de-açúcar. O potencial das cinco usinas aumentará gradativamente dos atuais 50 MW para 200 MW, graças à aquisição de modernas caldeiras de alta pressão e difusores fornecidos pela Sermatec Indústria e Montagem, empresa de Sertãozinho (SP) controlada pela família Biagi. Segundo Biagi Filho, o investimento será concluído entre 2010 e 2013. "Se o preço da energia fosse mais atrativo, teríamos pressa em investir", disse Biagi. Ele espera obter no mercado livre preços melhores do que nos leilões governamentais. No leilão marcado para o próximo dia 14 de agosto, os lances pelos contratos de 15 anos vão partir do preço máximo de R$ 57 (US$ 36,3) o megawatt/hora. O Grupo Moema é formado por cinco usinas paulistas: a Moema, de Orindiuva, a Guariroba, de Pontes Gestal, a Ouroeste, da cidade de mesmo nome, Vertente, em Guaraci, e Frutal, no município homônimo. As cinco unidades deverão processar nesta safra 13 milhões de toneladas de cana, segundo Biagi Filho. A Sermatec também fornecerá equipamentos para cogeração de energia através do bagaço da cana a outras cinco unidades, do Grupo Santelisa Vale. São elas as usinas Itumbiara, Ituiutaba, Campina Verde, Tropical e Santa Vitória. Graças à mistura de 25% de álcool anidro na gasolina e ao sucesso dos carros bicombustível, que consomem álcool hidratado, a energia da cana-de-açúcar vem ganhando cada vez mais força na matriz energética brasileira. O desempenho poderia ser ainda melhor se houvesse uma política para a energia do bagaço da cana, cujo potencial é muito pouco aproveitado. No Estado de São Paulo, as usinas poderiam estar vendendo, agora, pelo menos 2 mil megawatts de potência de energia do bagaço, mas o total pouco passa de 500 megawatts.