Grupo Bertin vence leilão de US$ 2,9 bi de trecho do Rodoanel

DCI

Apresentando as menores tarifas de pedágio - R$ 2,1991 (US$ 1,3) para o trecho sul e R$ 1,6493 (US$ 0,97) para o trecho leste - o Consórcio SPMar garantiu sua vitória no leilão dos trechos sul e leste do Rodoanel Mário Covas, realizado ontem, na capital paulista. O Grupo Bertin, formado pelas empresas Contern Construções e Comércio Ltda. e Cibe Investimentos e Participações S.A., se destacou por ter o maior deságio sobre as tarifas de pedágio já ofertado nas concessões rodoviárias do Estado de São Paulo (63,3% sobre as tarifas-teto estipuladas em edital - R$ 6,00/US$ 3,5 e R$ 4,50/US$ 2,6 respectivamente).

Agora, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) fará a qualificação do consórcio, e somente após ser aprovada a SPMar será confirmada, ou não, como a vencedora da licitação. Para isso, a empresa terá de atender alguns critérios previstos no edital. São eles, habilitação jurídica, qualificação técnica, regularidade fiscal, qualificação econômico-financeira e metodologia de execução e plano de negócios.

Se o consórcio confirmar sua vitória, passará a se responsabilizar por uma construção que deve chegar a um total de R$ 5 bilhões (US$ 2,9 bilhões) em investimentos. O vencedor terá de construir o trecho leste em um prazo máximo de 36 meses e ampliar os serviços do trecho sul, já concluído e em operação. Vale lembrar que o valor da outorga da concessão, de R$ 370 milhões (US$ 217,6 milhões), deverá ser pago dois dias antes da assinatura do contrato.

A concessão dos trechos sul e leste tem prazo de 35 anos. Depois desse período, os trechos voltam para a administração pública. Está previsto, ainda, que o pedágio - tanto para o trecho sul, com 61,4 quilômetros, como trecho leste, com 43,5 quilômetros - só será cobrado depois da conclusão do Programa Intensivo Inicial a ser realizado em seis meses e o modelo de cobrança será o mesmo já adotado no trecho oeste, ou seja, os usuários só vão pagar uma única vez a cada trecho. Caso a SPMar seja inabilitada pela Artesp, serão analisados os documentos do licitante com a proposta tarifária classificada em segundo lugar. No caso, o Consórcio Serramar de Rodovias, formado pelas empresas Serveng Civilsan S.A., Empresas Associadas de Engenharia (EMS S.A). e Encalso Construções Ltda.