02/05/11 10h56

Grãos e mineração estimulam venda de balanças rodoviárias

DCI

Impulsionado pelo aquecimento econômico do País, altos índices da extração de minérios e produção agrícola nacional, o mercado de balanças para caminhões - empregadas no controle de entrada e saída de produtos - prevê crescimento de vendas de até 50% entre as grandes empresas do segmento em 2011.

Aproveitando o bom momento, a Toledo - uma das maiores companhias do setor - pretende aumentar a quantidade de vendas de balanças rodoviárias em 15% este ano em relação a 2010. Para tanto, lançou um novo produto que já foi vendido para a Votorantim e para a Namisa, controlada pela CSN. Segundo Danilo Andreotti, analista de produto da Toledo, a Votorantim adquiriu 12 balanças de 25 metros ao longo do primeiro trimestre com o valor médio de R$ 70 mil (US$ 43,8 mil) cada. Já a Namisa fechou a compra de seis balanças de 18 metros, a R$ 60 mil (US$ 37,5 mil) cada.

De acordo com o analista, balanças de veículos pesados variam de 34 a 200 toneladas. A faixa mais comum é a de 100 toneladas, usada em segmentos da indústria para recebimento e expedição. "Tudo que uma empresa recebe ou despacha de material tem que passar pelo controle de pesagem. Entre nossos principais clientes temos Vale do Rio Doce, Usiminas e Gerdau", disse.

 

Com 55 anos de existência, a Toledo está localizada em São Bernardo, região do ABC paulista. O grupo exporta para a América Latina e possui 23 filiais no Brasil.

Outro grande player do segmento e uma das principais concorrentes da Toledo é a Filizola. Conhecida por atuar no setor de pesagem, a companhia também possui uma divisão de varejo em indústria com balanças de precisões. Com pátio fabril em Campo Grande (MS), a empresa cresceu 50 % em volume de vendas no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2010 e estima manter a porcentagem até dezembro. De 2009 para 2010, a companhia aumentou as vendas em 30%. Para Márcio Godoy, diretor de Produtos da Filizola, a expansão de 35% da produção no trimestre se deve à constante demanda por parte de clientes como Petrobras, Vale, Walmart e Grupo Pão de Açúcar.

Com sede em Canoas (RS), a Saturno calcula que o aumento de vendas fique em torno de 30% em 2011. "Em função das indústrias de álcool e açúcar e do mercado de mineração e siderurgia, tivemos de contratar mais gente e investir em novos equipamentos para aumentar a capacidade de produção", afirmou Luis Jung, presidente do grupo. Entre os principais compradores da Saturno estão Vale, Bunge e Louis Dreyfus. Procurada, a Balanças Jundiaí, outra representante do setor, não concedeu entrevista.