Grande ABC recua em ranking nacional de cidades sustentáveis
Pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis avalia desempenho de cada município segundo metas da ONU; as sete da região caíram posições
Diário do Grande ABCO Grande ABC caiu posições no ranking do IDSC-BR (Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil). A pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis classifica os 5.570 municípios brasileiros, avaliando o desempenho de cada cidade em relação aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), como, por exemplo, saneamento, energia limpa e educação. Relativo a 2024, o balanço divulgado na última semana mostra que as sete cidades da região regrediram na classificação nacional.
O estudo usa os dados mais atualizados disponíveis em âmbito nacional e avalia 100 indicadores com base em fontes públicas. Depois da análise de cada ODS, é feita a média geral. São Caetano liderava o ranking em 2023 com pontuação de 63,4 e, mesmo subindo a média final para 64, caiu para a oitava colocação, mantendo o melhor desempenho na região.
Em segundo lugar entre os municípios do Grande ABC, Santo André aparece apenas na posição 999, com 53,1 pontos, sendo que no ano passado estava em 355º. Na terceira colocação regional, Ribeirão Pires também apresentou alta nos números, de 51,3 para 52,1, mas caiu posições, de 1.214º para 1.219º. Na sequência, aparecem São Bernardo (1.394º, antes 645º), Mauá (1.533º, antes 862º), Diadema (2.275º, antes 1.521º) e Rio Grande da Serra (2.850º, antes 1.018º).
O município de Alfredo Marcondes, no Estado de São Paulo, é o primeiro colocado do ranking de 2024, seguido por Uru (SP), São Jorge do Ivaí (PR), Cruzália (SP), Jumirim (SP) e Pongaí (SP).
“O IDSC-BR pretende gerar um movimento de transformação na gestão pública municipal. A intenção é orientar a ação política de prefeitos e prefeitas, definir referências e metas com base em indicadores e facilitar o monitoramento dos ODS em nível local”, diz comunicado de divulgação do ranking, uma iniciativa do ICS (Instituto Cidades Sustentáveis), no âmbito do PCS (Programa Cidades Sustentáveis).
“Assim, o IDSC-BR cumpre a dupla função de auxiliar as cidades a medir seu desempenho segundo os objetivos da ONU, bem como de permitir uma série de análises que vão além dos limites municipais”, continua.
A metodologia do IDSC-BR foi elaborada pela rede SDSN (UN Sustainable Development Solution Network), uma iniciativa que nasceu dentro da própria ONU para mobilizar conhecimentos técnicos e científicos da academia, da sociedade civil e do setor privado no apoio de soluções em escalas locais, nacionais e globais.
Até 2030
A Agenda 2030 é um plano global adotado pela ONU em 2015, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e enfrentar desafios globais como a pobreza, as desigualdades e as mudanças climáticas. Composta por 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e 169 metas específicas, a agenda visa criar um mundo mais justo, inclusivo e sustentável até o ano de 2030, segundo a ONU.
Essa iniciativa envolve a colaboração de governos, setor privado, sociedade civil e indivíduos, para que cada país se adapte às metas às suas necessidades e contextos, mas sempre buscando uma visão coletiva de progresso e bem-estar.