Governo SP inicia parceria com o Reino Unido para estimular investimentos sustentáveis
Programa britânico apoia países com elevado potencial de redução de emissões para implementar medidas de combate às mudanças climáticas
Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e LogísticaA Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Governo de São Paulo deu início às ações da parceria com o Reino Unido para promover investimentos sustentáveis no Estado. Por meio de um programa de capacitação, os participantes poderão ampliar conhecimentos e habilidades para a construção de políticas públicas que incentivem “negócios verdes” – ou seja, que reduzam os danos à natureza e gerem impacto positivo para a sociedade.
O lançamento do treinamento “Mobilizando Investimentos Climáticos Sustentáveis” nesta semana contou com a participação da secretária Natália Resende, representantes do Climate Group — organização que atua com líderes políticos e econômicos globais — e da ERM Consultoria. O encontro também reuniu a coordenadora de Mudanças Climáticas e Relações Internacionais da Semil, Carina Dolabella Pereira, e equipe.
Nesta quarta e quinta (18 e 19), especialistas do governo paulista e do Reino Unido tiveram reuniões presenciais para a troca de conhecimento sobre modelos de negócios sustentáveis. Entre os participantes estavam representantes da própria Semil e de outras secretarias estaduais, do Comitê Gestor da Política Estadual de Mudanças Climáticas e entidades convidadas, como a Fapesp, a USP, a Sabesp e prefeituras.
A capacitação UK Pact – programa do International Climate Finance (ICF), um compromisso do governo britânico para ajudar países em desenvolvimento a lidar com o aquecimento global – visa desenvolver competências para estimular investimentos em ações climáticas e também fortalecer a atuação do Estado nessas questões.
Para a secretária de Meio Ambiente, Natália Resende, o treinamento é importante para a compreensão das possibilidades do Estado como parceiro estratégico em iniciativas público-privadas e como promotor de políticas públicas de regulação e incentivo à descarbonização, inovação climática e manutenção da competitividade da iniciativa privada paulista. “O UK Pact busca viabilizar e maximizar ações e projetos de mitigação e adaptação climática no Estado. Nesse sentido, o Governo de São Paulo lançou o Finaclima, mecanismo financeiro climático que permitirá a combinação de recursos públicos e privados na implementação da estratégia climática”, destacou.
O Finaclima é um instrumento criado durante as comemorações do Dia do Meio Ambiente, em junho deste ano, para desenvolver soluções visando à mitigação, adaptação e resiliência frente à mudança do clima. Os recursos do Finaclima serão utilizados para apoiar a implementação do Plano de Ação Climática e do Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (Pearc). Os principais objetivos com a criação desse instrumento são incentivar a ampliação e a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos; promover a participação do setor privado no financiamento de serviços ambientais e de outras soluções climáticas; e fomentar a inovação e novos negócios em matéria de sustentabilidade.
A colaboração do Reino Unido, que possui uma longa tradição em ciências climatológicas, é fundamental para fortalecer as capacidades locais e promover uma agenda climática mais robusta. Em janeiro deste ano, o governador Tarcísio de Freitas já havia assinado um Protocolo de Intenções com a embaixadora do Reino Unido, Stephanie Al-Qaq. O documento estabeleceu a colaboração entre o Estado de São Paulo e o Reino Unido em áreas estratégicas, como mitigação e adaptação às mudanças climáticas, energia renovável e mobilização de investimentos verdes – exatamente o eixo ligado à ação recém-iniciada nesta semana. Essa parceria é importante para a implementação de ações concretas de mitigação e resiliência, com foco no desenvolvimento sustentável e na transição ecológica justa e inclusiva.
A conclusão desse projeto está prevista para meados de 2026, com a expectativa de que as iniciativas resultantes contribuam significativamente para a atração de investimentos climáticos e para o avanço na implementação das ambições climáticas do Estado de São Paulo.