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Governo quer usar BNDES para dar agilidade às PPPs

Valor Econômico - 05/07/2007

O governo federal quer usar o BNDES para "fazer andar" as Parcerias Público-Privadas (PPP). A informação foi dada ontem por uma autoridade do governo, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Europa, e antecedeu a cobrança de empresários europeus e brasileiros para que as PPPs e também as concessões públicas tenham um vínculo melhor na implementação do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Em Brasília, o ministro Paulo Bernardo confirmou a intenção, disse que essa é uma "decisão do governo" e explicou que o BNDES vai atuar como agente financiador das PPPs. A idéia agora não seria a de transformar o banco no órgão gestor exclusivo das PPPs, mas tirá-lo do papel de simples candidato a financiador das parcerias e colocá-lo no núcleo do comando da operação pelo lado do governo federal. Apesar da pressa, não há ainda um modelo definido e nem um prazo para sua definição. O BNDES, por sua vez, iniciou ontem aproximação com o Banco Europeu de Investimentos (BEI), o maior banco de desenvolvimento do mundo, com cerca de US$ 60 bilhões de capital. A idéia, segundo Luciano Coutinho, presidente do BNDES, é trabalhar em torno de uma agenda comum que tem no PAC uma parte importante. Este ano, o BNDES pode chegar a R$ 60 bilhões (US$ 31,2 bilhões) de desembolsos e no ano que vem esse volume pode crescer para R$ 68 bilhões (US$ 35,3 bilhões) com a aceleração dos investimentos do PAC.