Governo libera mais US$ 532 milhões para empresas exportadoras

Gazeta Mercantil - 30/08/2007

O Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou ontem o R$ 1 bilhão (US$ 532 milhões) que restava dos R$ 3 bilhões (US$ 1,6 bilhão) do pacote de ajuda a empresários exportadores que tiveram perdas com a desvalorização do dólar antes do início da crise financeira internacional. O pacote, chamado de Programa Revitaliza, foi lançado em 12 de junho. Os outros R$ 2 bilhões (US$ 1,07 bilhão), de linhas de crédito do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram liberados na reunião do CMN de julho. Os recursos disponibilizados ontem são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e servem para linhas de crédito para capital de giro dos setores de calçados, artefatos de couro, têxtil e móveis de madeira, setores de mão-de-obra intensiva e que vinham realizando demissões por causa da queda que vinham sofrendo em suas receitas de exportação, devido à desvalorização do dólar. Os empresários interessados deverão buscar as linhas de financiamento no Banco do Brasil, que terá R$ 670 milhões (US$ 356,4 milhões) disponíveis, e na Caixa Econômica Federal, que terá R$ 330 milhões (US$ 175,5 milhões). Os empréstimos oferecidos pelo BNDES são para incentivo aos investimentos e apoio à exportação. As taxas de juros do Programa Revitaliza são mais baixas do que as encontradas no mercado e do que as taxas finais oferecidas pelo próprio BNDES. É o Tesouro Nacional que paga a diferença. O Tesouro estima gastos de R$ 407 milhões (US$ 216,5 milhões) com a equalização dos juros. A taxa de juros para capital de giro é de 8,5% ao ano. A empresa que pagar as parcelas em dia recebe um desconto de 20% sobre os juros, que caem para 6,8%. A linha de crédito para investimento tem taxa de 7% e pode cair para 5,6% com o mesmo bônus de adimplência. Para o estímulo às exportações, os juros são também de 7% e podem cair para 5,6%.