Governo e CNI criam a "Embrapa" da indústria

DCI

O governo e a Confederação Nacional da Indústria acertaram a criação de uma nova empresa para desenvolver projetos de inovação para o setor produtivo. Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, essa nova empresa seguirá o modelo da Embrapa e sua relação com centros de excelência em pesquisa, mas voltada para o desenvolvimento industrial. O nome sugerido pelo ministro é Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapi).

"Precisamos inovar para sermos competitivos", disse Mercadante, depois de encontro com representantes de grandes empresas nacionais. Ele explicou que essa nova empresa reunirá centros de pesquisa selecionados e avaliados que terão como missão dar suporte à pequena e média empresa para desenvolver inovação industrial. "Será uma parceria público-privada, com participação da CNI, do Ministério de Ciência e Tecnologia e de outros equipamentos do governo", completou. A empresa será apresentada em agosto, no congresso de inovação. Além da Embrapi ele citou a criação de joint venture com o instituto de pesquisa alemão Fraunhofer.

A participação do governo e do setor privado ainda não está definida, mas, de acordo com o ministro, serão as empresas que conduzirão o gerenciamento das atividades da Embrapi. O governo terá uma golden share com direito a veto de orçamento e sua aplicação. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que serão necessários de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões (US$ 25 milhões a US$ 31,3 milhões) para a constituição da Embrapi. "É viável, não é um investimento grande para o setor privado", afirmou. A maior parte do dinheiro destinado à inovação virá de fundos de investimento, cujos recursos serão administrados pela nova empresa.